Microplásticos: Problemas e Soluções
Os microplásticos representam mais da metade de todo o plástico lançado nos oceanos.
Você sabe o que é microplástico? São pedaços de plásticos com medidas inferiores a 5 mm. Eles podem já ser deste tamanho ao serem produzidos - como o glitter, por exemplo - ou ter sido reduzido pela degradação de objetos plásticos maiores.
Os microplásticos primários são “micro” desde sua produção e estão, principalmente, em tecidos sintéticos como a microfibra e o poliéster e em cosméticos e produtos de higiene utilizados como abrasivos - creme dental, xampus, cremes para corpo e rosto de ação esfoliante, maquiagem com glitter, perfumes e desodorantes. Estão também em tintas acrílicas usadas na decoração e artesanato. Cada vez que lavamos uma peça de tecido sintético ou enxaguamos nosso corpo no banho, deixamos que a água leve esses resíduos para rios e mares.
O microplástico secundário forma-se sempre que algo plástico não é encaminhado corretamente para a reciclagem e acaba se degradando e se dividindo em pedaços. “Cada canudo, sacola, tampa, rótulo ou embalagem descartados incorretamente se quebrarão e formarão microplástico. O plástico não desaparece, só fica menor” (www.ecycle.com.br)
Vários são os impactos ambientais causados por essas pequenas partículas. Um deles está relacionado a sua ingestão por animais aquáticos, levando-os a asfixia ou a lesões em órgãos internos e bloqueio do trato gastrointestinal.
Outro refere-se ao fato de que esses microplásticos têm grande capacidade de absorção de compostos de alta toxidade como metais pesados e outros, intoxicando a fauna e flora e chegando a alimentação humana.
Em diversas partes do mundo atitudes estão sendo tomadas para minimizar o problema, como proibir cosméticos que contenham essas partículas e estabelecer normas para que as máquinas de lavar a serem fabricadas tenham um filtro especial de retenção das partículas.
Aqui no Brasil, cinco jovens de Salvador/BA desenvolveram um dispositivo que retira o microplástico dos oceanos. O projeto deles chama-se Ocean Ride e é capaz de atrair as partículas por meio de correntes eletrostáticas. O dispositivo ficou em primeiro lugar num ranking da NASA que divulga ideias inovadoras e concorreu com outros 239.000 projetos de 80 países. Leia a noticia neste link:
E se desejar saber mais sobre o assunto, acesse: www.ecycle.com.br
* Luciane Madrid Cesar
Artigo gentilmente cedido pela autora a título de colaboração com a Agenda 21 Local.
Engº Alencar de Souza Filgueiras
Presidente do Fórum Agenda 21 Local
Presidente do Conselho Fiscal do IBAPE/MG
Contato: agenda21localvarginha@gmail.com