Árbitro que apitou a polêmica partida entre Atlético e Cruzeiro, pela primeira fase do Campeonato Mineiro desta temporada, Igor Junior Benevenuto afirmou que não consegue mais andar na rua. Em entrevista para o canal "Bora pra Resenha Podcast" nessa segunda-feira (3), o juiz contou que teve crise de pânico quando foi ao shopping por pensar que alguém poderia agredi-lo.
"Eu tenho bloqueio de sair do portão e andar na rua. Não andei mais. Desde o clássico, eu não ando mais na rua. Semana passada foi o primeiro dia que eu fui no shopping. Teve uma hora que eu sentei e me deu uma crise de pânico, porque eu não conseguia andar. Eu ficava pensando toda hora: 'Alguém vai chegar, vai querer me bater'. Então, me afetou muito", contou Benevenuto emocionado.
O lance que gerou mais polêmica no clássico foi o pênalti marcado em Hulk em uma dividida com o zagueiro Oliveira. O atacante do Atlético converteu a cobrança e, no último lance da partida, Ademir garantiu a vitória alvinegra por 2 a 1. Jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores do Cruzeiro se revoltaram com a marcação.
"Minha vida até hoje é um inferno. Infelizmente não tinha o VAR, mas, mesmo se tivesse, a decisão, para nós, seria mantida, porque tínhamos só cinco câmeras naquele jogo, e nenhuma delas era totalmente conclusiva", comentou Benevenuto.
"Tem um ângulo, que a própria comentarista de arbitragem, o Roger Flores, depois, no programa dele falou, que mostra que é pênalti. O atleta toca a perna do Hulk. Mas tem um outro ângulo que parece que o jogador do Cruzeiro toca primeiro a bola, depois a perna do Hulk. Mas não tem uma imagem esclarecedora, claríssima", completou.