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Foto: Pixabay Divulgação |
O IBGE divulgou, nesta sexta-feira (08), mais um avanço da inflação no Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,67% em junho, e chegou ao índice acumulado, em 12 meses, de 11,89%. Os produtos que mais subiram de preço foram frutas, leite, feijão e até miojo.
Veja, abaixo, a lista com os 12 produtos que mais subiram de preço em junho no Brasil:
- Morango: 13,30
- Leite longa vida: 10,72
- Feijão carioca: 9,74
- Mamão: 9,07
- Pepino: 8,81
- Abobrinha: 7,21
- Maracujá: 6,92
- Coentro: 6,77
- Goiaba: 6,01
- Leites e derivados: 5,68
- Miojo: 4,99
- Leite condensado: 4,04
Entenda os aumentos
De acordo com o gerente de pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov, a carestia observada em junho foi influenciada por aumento de preços dos alimentos para consumo fora de casa, com destaque para refeições e lanches. “Nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, explica em nota.
Mas também houve queda nos custos de itens importantes para a alimentação dos brasileiros. A cenoura, cujos preços já tinham caído 24% em maio, teve recuo de 23,36% em junho. Outros alimentos que tiveram redução significativa foram a cebola (-7,06%), a batata-inglesa (-3,47%) e o tomate (-2,70%). Além de questões sazonais, as quedas de preço podem ter sido influenciadas por substituição de produtos feitas por consumidores, forçando a baixa nos preços.
“Há dois fatores que influenciam a queda desses alimentos. O primeiro é o componente sazonal: nos três primeiros meses do ano, ainda é verão e há chuva. Isso pode prejudicar a produção e, como consequência, há o aumento dos preços. A partir de abril e maio, o clima começa a ficar seco e isso melhora a produção, a oferta aumenta e os preços caem. Outro ponto é que esses alimentos tiveram um grande aumento de preços nos primeiros meses do ano e, com a base de comparação alta, é normal que eles recuem”, diz Kislanov.
O Tempo