África do Sul nega confisco de terras após Trump ameaçar cortar ajuda financeira
3 de fev.
O presidente Donald Trump voltou a pressionar a África do Sul nesta segunda-feira (3), ao anunciar a suspensão de futuras ajudas financeiras ao país, enquanto não houver uma investigação completa sobre a política de expropriação de terras sem compensação. A decisão veio após relatos de que o governo sul-africano estaria confiscando propriedades, especialmente de fazendeiros brancos.
Trump publicou no Truth Social que os EUA não financiarão um país que “confisca terras e trata certas classes de pessoas MUITO MAL”. A medida reforça uma antiga preocupação do republicano, que já havia criticado a política agrária sul-africana em 2018, durante seu primeiro mandato.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, respondeu às acusações negando que haja confisco de terras e alegando que o país segue "princípios democráticos de justiça e igualdade". Em sua conta no X (antigo Twitter), Ramaphosa afirmou que a expropriação sem compensação não seria um confisco, mas um processo legal baseado na Constituição.
A questão da reforma agrária na África do Sul é um tema polêmico e remonta ao período pós-apartheid. A maioria das terras férteis ainda está em posse de uma minoria branca, descendente de colonizadores europeus. Para corrigir essa desigualdade, o governo sul-africano aprovou em janeiro uma nova lei que permite a expropriação de terras sem indenização em certos casos, algo que gerou grande preocupação internacional.
Trump, por sua vez, deixou claro que os EUA não tolerarão políticas que resultem em perseguição racial ou expropriação de propriedades privadas. O governo americano agora espera que a África do Sul esclareça sua posição antes de considerar qualquer retomada do financiamento.
A pressão de Trump sobre o regime de Ramaphosa reforça seu compromisso com a defesa da propriedade privada, da justiça e do combate a políticas radicais de esquerda ao redor do mundo.
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