21ª Marcha da Consciência Negra celebra o primeiro feriado nacional na Avenida Paulista
Nesta quarta-feira (20), a Avenida Paulista foi palco da 21ª Marcha da Consciência Negra, que reuniu centenas de pessoas para celebrar a data, agora reconhecida como feriado nacional. Para os participantes, o evento representou um marco histórico na luta pela igualdade racial e na valorização do legado de Zumbi dos Palmares.
"Celebramos com muita alegria este primeiro feriado nacional. Para nós, é uma virada de página", afirmou José Adão de Oliveira, de 69 anos, cofundador do Movimento Negro Unificado (MNU) e um dos organizadores da marcha em São Paulo.
Um momento de celebração e reflexão
Claudia Adão, assistente social, participou do evento ao lado da filha pela primeira vez. “Comecei a frequentar a marcha com 15 anos, quando vendiam acarajé nas ruas. Hoje, pós-pandemia, trago minha filha para celebrar esta conquista, mas também para conhecer a história de Zumbi dos Palmares e reforçar que fazemos parte de um povo que luta e se mobiliza”, destacou.
Além de comemorar a conquista, a marcha também trouxe à tona as demandas ainda urgentes da população negra. “Marchamos pela vida do nosso povo, pela liberdade e pelos nossos direitos, que ainda não estão garantidos. Enquanto houver negros e negras sendo assassinados e seus direitos violados, continuaremos marchando”, enfatizou Claudia.
A importância do 20 de novembro
O Dia da Consciência Negra foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, assassinado em 1695. Ele liderou a resistência contra a escravidão no Quilombo dos Palmares, que existiu por cerca de um século onde hoje é União dos Palmares, em Alagoas. Zumbi deixou um legado de luta e a visão de uma sociedade baseada na igualdade e na justiça social.
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