7ª fase de operação contra fraudes milionárias em sonegação de impostos cumpre mandados em oito estados
5 de dez. de 2024
Reprodução
Na quarta-feira (4), foi deflagrada a 7ª fase da “Operação Sinergia”, que investiga fraudes em empresas que produzem, comercializam e reciclam metais como cobre, vergalhões e fios. A operação, liderada pelo Ministério Público (MP) e outras autoridades, cumpre 36 mandatos de busca e apreensão em 16 cidades de oito estados, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Pará, Ceará, Paraíba e Maranhão.
Em Minas Gerais, as ações se concentram em Guaxupé, Capitólio, Belo Horizonte, Betim, Contagem, Pará de Minas e Pequi. Residências de empresários e sedes de empresas e transportadoras foram alvo das buscas. Os crimes investigados incluem sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Detalhes da investigação
De acordo com o MP, as fraudes entre 2020 e 2024 causaram prejuízo de aproximadamente R$ 900 milhões ao Estado de Minas Gerais. Empresas produtosras de fios e vergalhões adquiriram sucata sem nota fiscal, utilizando empresas fantasmas para forjar operações e transferências de créditos fictícios de ICMS, prejudicando o Fisco.
As empresas de fachada utilizavam endereços de estabelecimentos já existentes para dar legitimidade às operações fraudulentas, enquanto uma complexa rede de falsificação dificultava a identificação das irregularidades.
Força-tarefa
A operação é resultado da atuação conjunta de diversas instituições, incluindo o Ministério Público, Receita Estadual de Minas Gerais, Polícia Militar, Polícia Civil e Secretarias de Fazenda de outros estados. A força-tarefa integra o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), sediado em Varginha, com apoio de GAECOs e GAESFs em diversos estados.
No total, participaram da operação 21 promotores de Justiça, 85 auditores fiscais, 10 servidores de receitas estaduais, 11 delegados, 75 policiais militares e 58 policiais civis.
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