A safra de 2025 pode atingir um recorde de 325,3 milhões de toneladas, mas a inflação nos preços dos alimentos ainda é uma preocupação.
13 de fev.
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A safra agrícola de 2025 deve atingir um recorde de 325,3 milhões de toneladas, representando um aumento de 32,6 milhões de toneladas (11,1%) em comparação com a safra de 2024, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (13).
Em relação ao terceiro Prognóstico da Produção Agrícola de 2025, houve um crescimento de 0,8% na estimativa, com um acréscimo de 2,7 milhões de toneladas. A área a ser colhida na safra de 2025 deve totalizar 80,9 milhões de hectares, 1,8 milhão de hectares a mais do que em 2024, um aumento de 2,4%.
A soja, que tem se destacado, deve atingir um recorde de 166,5 milhões de toneladas, com um aumento de 14,9% em relação a 2024. No entanto, houve uma leve redução de 0,6% na estimativa de rendimento médio e de 0,4% na produção total, o que representa uma queda de 750,2 mil toneladas em comparação com a previsão anterior. Mesmo assim, a soja continuará sendo responsável por mais da metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no Brasil em 2025, com um aumento de 11,7% no rendimento médio, alcançando 3.519 kg/ha.
Além da soja, outros produtos como milho, algodão, sorgo, arroz e feijão devem apresentar crescimento em 2025. O milho deve crescer 8,2%, alcançando 124,1 milhões de toneladas, com destaque para o milho 1ª safra (alta de 10%, totalizando 25,2 milhões de toneladas) e o milho 2ª safra (aumento de 7,8%, com 98,9 milhões de toneladas). Espera-se também crescimento para o arroz (8,3%, totalizando 11,5 milhões de toneladas), feijão (10,9%, com 3,4 milhões de toneladas), algodão (1,6%, alcançando 9 milhões de toneladas) e sorgo (5,4%, com 4,2 milhões de toneladas). O trigo, no entanto, deve sofrer uma redução de 3,3%, totalizando 7,3 milhões de toneladas.
O clima tem favorecido as lavouras, com boas chuvas desde outubro e novembro, embora a Região Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, tenha enfrentado seca. As perdas no estado ainda não foram contabilizadas no levantamento de janeiro, mas o IBGE continuará monitorando a situação.
Porém, a inflação de alimentos continua alta, com o grupo de alimentos e bebidas registrando uma variação de 0,96% em janeiro. A alimentação em domicílio teve um aumento de 1,07%, sendo impactada principalmente pelos preços da cenoura (alta de 36,14%), do tomate (20,27%) e do café moído (8,56%).
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