Aceno de Trump à China reduz risco de guerra comercial, avaliam diplomatas brasileiros
24 de jan.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suavizou o discurso sobre tarifas comerciais no Fórum Econômico Mundial, em Davos, reduzindo temores de uma possível guerra comercial global. Trump afirmou que está disposto a renegociar as tarifas de importação, sinalizando um diálogo mais harmonioso com a China e outros países.
Durante sua campanha eleitoral, Trump havia proposto sobretaxas agressivas, incluindo 60% para produtos chineses e 10% para outros fornecedores internacionais. No entanto, sua fala recente foi bem recebida por diplomatas brasileiros, que interpretaram a mudança como um movimento estratégico para abrir negociações comerciais em melhores termos.
“Trump é um homem de negócios. Ele endurece o discurso como estratégia inicial, mas depois busca um meio-termo”, avaliou um experiente diplomata brasileiro. A moderação no tom foi interpretada como um avanço para o Brasil, especialmente devido à importância das exportações nacionais para os mercados americano e chinês.
Além disso, a recente viagem do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao Panamá, também foi vista como um gesto de que a postura americana será mais conciliatória em relação a questões comerciais e diplomáticas.
Outro ponto destacado pelos diplomatas brasileiros foi o discurso de Trump defendendo uma redução nas taxas de juros globais, algo que se alinha com as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o patamar dos juros no Brasil. A sinalização de Trump sugere que seu governo pode buscar um diálogo mais próximo com o Brasil ao longo de seu mandato.
Com essa postura, Trump reforça a necessidade de encontrar soluções negociadas, aliviando tensões que poderiam prejudicar as economias de países emergentes como o Brasil.
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