Adolescente que manteve familiares reféns é ouvido na delegacia e aguarda decisão judicial em MG
O adolescente de 17 anos que manteve duas pessoas da família reféns em Poços de Caldas (MG) foi ouvido na delegacia da Polícia Civil, onde teve o flagrante ratificado pelo crime de cárcere privado. O episódio ocorreu no bairro Bortolan e durou 12 horas, encerrando-se quando o jovem se entregou na noite de quinta-feira (21). Felizmente, as duas vítimas, seu irmão de 15 anos e sua avó de 70 anos, não sofreram ferimentos durante o incidente.
Após liberar os reféns e se entregar, o adolescente recebeu atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, em seguida, foi conduzido à delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos ao delegado de plantão. O flagrante pelo crime de cárcere privado foi registrado, e agora o jovem aguarda a decisão judicial sobre o caso.
Jovem se entregou
Após 12 horas de negociações, o adolescente liberou as vítimas e soltou as armas brancas que empunhava. No local foram localizadas duas tesouras e uma faca. Ele foi contido e apreendido.
Segundo relato do repórter João Daniel Alves, da EPTV, ele se entregou momentos antes da chegada do Bope, o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, que havia se deslocado de Belo Horizonte para atender a ocorrência. O jovem saiu gritando bastante, aparentando estar transtornado.
Os dois reféns também foram levados pelo Corpo de Bombeiros até a UPA da cidade para fazer exames. Segundo a PM, após o atendimento médico eles foram liberados e passam bem.
A Polícia Militar também informou à reportagem da EPTV Sul de Minas que não foi possível saber o motivo que levou o adolescente a fazer os familiares de reféns, devido ao seu estado.
Negociação durante o dia
A ação teve início por volta das 9h da manhã, quando o adolescente, que supostamente estava em crise psicótica e armado com duas armas brancas, tomou seu irmão de 15 anos e sua avó materna de 70 anos como reféns em sua residência no bairro Bortolan, em Poços de Caldas (MG). Ao longo do dia, familiares e autoridades policiais tentaram negociar sua rendição, porém sem sucesso. A Polícia Militar acionou militares do Bope, o Batalhão de Operações Policiais Especiais, para auxiliar na situação.
Segundo informações da Polícia Militar, o adolescente não apresentou nenhuma exigência clara durante as negociações e sua motivação para o incidente não pôde ser determinada de forma precisa. O major Gustavo Queiroz Barbosa Cavalcante, da Polícia Militar, relatou que o jovem fornecia informações confusas e desconexas durante as conversas, alternando entre momentos de cansaço e momentos de lucidez.
Durante a tarde, os militares tentaram se aproximar da residência para negociar a liberação dos reféns, mas sem sucesso. Parentes das vítimas e do jovem também participaram das tentativas de negociação. Por volta das 17h30, após a chegada dos militares do Bope ao local, o adolescente decidiu se entregar, encerrando o impasse sem incidentes graves ou ferimentos.
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