AGU cobra R$ 725 milhões por danos ambientais no Pantanal causados por incêndios e desmatamento
28 de jan.
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação civil pública na Justiça para cobrar R$ 725 milhões de três supostos infratores acusados de causarem graves danos ambientais a uma área de 6.419,72 hectares no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul. A região afetada está no bioma Pantanal, um dos mais ricos em biodiversidade do planeta, que enfrenta dificuldades para regeneração após os impactos.
A cobrança, calculada com base nos anos de infração, inclui R$ 212 milhões por cada ano em que os crimes foram cometidos. A ação é resultado de uma investigação conduzida pela Polícia Federal em conjunto com o Ibama, que identificou práticas ilegais como incêndios florestais, desmatamento e exploração irregular de terras públicas.
De acordo com o relatório da AGU, as atividades ilícitas não apenas degradaram o solo e a vegetação do Pantanal, mas também colocaram em risco a fauna e os recursos hídricos da região, intensificando os desafios de preservação em um dos maiores biomas úmidos do mundo.
“Este tipo de crime ambiental é inaceitável e exige uma resposta rigorosa da Justiça. A cobrança busca responsabilizar os culpados e garantir recursos para a reparação dos danos causados,” afirmou um representante da AGU.
A ação é parte de um esforço nacional para reforçar a fiscalização e a punição contra crimes ambientais, especialmente em biomas ameaçados como o Pantanal e a Amazônia. Os recursos, caso recuperados, serão destinados à recuperação da área degradada, permitindo que o bioma se regenere e recupere sua funcionalidade ecológica.
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