
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) identificou um novo foco da doença Sigatoka Negra em uma propriedade no município de Jaíba, no Norte de Minas Gerais, durante uma fiscalização de rotina. A detecção do fungo mobilizou o IMA e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), que, com a anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), já definiram e iniciarão imediatamente as medidas de contenção.
O que é a Sigatoka Negra?
A Sigatoka Negra é uma doença fúngica que afeta a bananicultura, comprometendo sua produtividade se não for devidamente controlada. A praga provoca a morte precoce das folhas, reduzindo a área foliar e impactando diretamente o rendimento e a qualidade da fruta. Apesar do impacto na produção, a doença não oferece riscos à população em relação ao consumo da banana.
Entre as principais consequências para as plantas afetadas estão a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho dos frutos e maturação acelerada, que pode ocorrer ainda no campo ou durante o transporte.
Para conter o avanço da doença, todos os produtores de banana de Jaíba deverão seguir o protocolo de mitigação de riscos, disponível no site do IMA e nos escritórios regionais. O descumprimento das medidas resultará em restrições sanitárias e na proibição da comercialização das frutas. Além disso, será intensificada a fiscalização do trânsito de cargas na região.
Medidas de controle adotadas
As autoridades agrícolas já iniciaram um conjunto de ações para evitar a disseminação da doença:
Levantamento fitossanitário em um raio de 1 km da propriedade afetada, com inspeção completa das áreas produtivas.
Monitoramento ampliado em um raio de até 10 km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras.
Notificação dos produtores locais, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra.
Atualização cadastral das Unidades de Produção (UPs) para mapear as áreas de cultivo.
Reunião com responsáveis técnicos que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), reforçando os protocolos de segurança sanitária.
Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias para evitar a disseminação do fungo para outras regiões.
Erradicação de plantações abandonadas na área afetada, conforme a legislação sanitária vigente.
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