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Alta nos preços dos alimentos no DF impacta consumo e força mudanças no cardápio

Alta nos preços dos alimentos no DF impacta consumo e força mudanças no cardápio
Reprodução
O aumento dos preços dos alimentos no Distrito Federal tem levado muitas famílias a adaptar seus hábitos alimentares para equilibrar o orçamento. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que, entre outubro e novembro, o quilo da carne bovina de primeira subiu 11,53%, enquanto o café em pó teve um aumento expressivo de 55,50%. Somados, esses dois itens representaram um impacto médio de 33,51% no período analisado.

Além disso, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, os preços de bens e serviços no DF tiveram alta de 0,26% em janeiro, sendo que o setor de alimentação e bebidas apresentou um aumento mensal de 1,18%. No segmento de alimentação em domicílio, a alta foi ainda maior, chegando a 1,26%.

A recepcionista Giovanna Stephany Dantas Mesquita relata que precisou modificar o cardápio da família para lidar com a inflação. "Estamos comprando carne de segunda, que ainda é cara, e, quando não consigo, dou preferência ao frango e ovos. O ticket alimentação continua o mesmo, mas compramos menos produtos", afirma.

A empresária Luisa Pinheiro também sente a pressão no orçamento. "Ou você reduz o consumo ou troca as marcas. Mesmo escolhendo as opções mais baratas, está difícil", diz. Já a educadora física Claudia Cruz busca promoções e evita itens supérfluos. "Cortei chocolates e foco no essencial, como arroz e feijão, mas o gasto dobrou no fim do mês", lamenta.

De acordo com o economista Cesar Bergo, a alta dos preços no DF está ligada à baixa produção local, o que torna a região dependente de produtos importados de outras partes do país. "A safra de 2024 não foi boa, o que contribuiu para a inflação. No entanto, há expectativa de melhora com uma boa colheita em 2025, o que pode aliviar os preços", projeta.

Enquanto isso, a dona de casa Vilma Menezes segue tentando garantir uma alimentação básica para a família. "A cesta básica está um absurdo. Gasta-se ao menos R$ 600 só com óleo, arroz e feijão, sem incluir carne", desabafa.
Fonte: Correio Brasiliense

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Gazeta de Varginha

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