Alugar um imóvel na cidade de São Paulo ficou 11% mais caro em 2025.
17 de fev.
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Morar de aluguel na cidade de São Paulo ficou, em média, 11% mais caro em 2025. De acordo com um levantamento da imobiliária Lello, que administra mais de 16 mil imóveis no Brasil, cerca de 82% dos contratos de locação residencial renovados em janeiro deste ano tiveram aumento no valor acordado entre proprietários e inquilinos.
Do total de contratos negociados, 32% registraram um aumento superior a R$ 300. Outros 34% tiveram reajustes entre R$ 201 e R$ 300, 22% subiram de R$ 101 a R$ 200, e 12% dos contratos tiveram um aumento de até R$ 100, conforme a pesquisa da Lello.
Raphael Sylvester, diretor de estratégia da Lello Imóveis, explica que os ajustes nos aluguéis foram reprimidos durante a pandemia (2020-2022), quando muitos contratos não foram reajustados ou até tiveram redução. "A inflação acumulada nos últimos anos justifica os reajustes aplicados, mas é importante lembrar que o diálogo e o consenso entre locadores e locatários são sempre recomendáveis para que as condições contratuais sejam adequadas para ambas as partes", afirmou o executivo.
Ele destaca que é necessário equilíbrio para que o inquilino consiga permanecer no imóvel e o proprietário mantenha a unidade ocupada, garantindo seu rendimento mensal. Segundo o Índice FipeZap de janeiro, os custos dos aluguéis subiram significativamente, tornando São Paulo a capital mais cara do Brasil para se viver de aluguel. Atualmente, para morar na cidade, é necessário pagar, em média, R$ 2.879 por mês para um imóvel de 50 metros quadrados.
Os preços dos aluguéis residenciais subiram 0,96% em janeiro de 2025, conforme o Índice FipeZap, bem acima dos 0,16% registrados no mesmo período pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada foi de 13,16%, de acordo com o Índice FipeZap. Por outro lado, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, desacelerou em relação ao mês anterior, passando de 0,94% em dezembro de 2024 para 0,27% em janeiro de 2025, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em fevereiro, os contratos de aluguel que tiveram aniversário aplicaram reajustes de 6,75%, refletindo a variação acumulada pelo IGP-M nos últimos 12 meses.
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