Analistas indicam que a Petrobras (PETR4) não deve realizar reajustes nos preços a curto prazo; saiba mais.
22 de jan.
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Nesta semana, os preços do petróleo caíram devido às preocupações de que os Estados Unidos possam aumentar a produção de petróleo e gás, o que levou a uma redução nos preços internacionais da gasolina e do diesel.
Atualmente, os preços da gasolina e do diesel praticados pela Petrobras estão abaixo das bandas estabelecidas, com uma diferença de -4% e -6%, respectivamente, em relação ao Preço de Paridade de Exportação (EPP), segundo estimativas do Itaú BBA.
Considerando a estratégia comercial da Petrobras de evitar repassar as flutuações dos mercados internacionais para os consumidores internos, e levando em conta que os preços estão abaixo das bandas há cerca de três semanas, o Itaú BBA acredita que a empresa pode esperar mais tempo para avaliar com mais clareza as tendências de preços antes de realizar qualquer reajuste.
A Genial Investimentos, por sua vez, não vê espaço para reajustes nos preços dos combustíveis, uma vez que os preços da Petrobras estão abaixo dos Preços de Paridade de Importação (PPI), ou seja, há um desalinhamento significativo em relação aos preços internacionais.
A corretora estima que os preços da gasolina praticados pela Petrobras estão com um deságio de 4% (R$ 0,13 por litro), enquanto o diesel apresenta um deságio de 18,8% (R$ 0,69 por litro) em relação à paridade internacional.
A Genial ressalta que o segmento de Refino, Transporte e Comercialização (RTC) historicamente responde por 10% a 14% do Ebitda da Petrobras. Esse deságio pode impactar os resultados da empresa, embora o segmento de Exploração e Produção, com seus baixos custos e altos preços do petróleo, seja capaz de compensar os efeitos negativos do RTC. A corretora avalia que, embora os resultados da Petrobras não sejam tão prejudicados como no passado, isso dificulta a negociação da empresa a um valor mais atraente.
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