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ANS propõe mamografia preventiva apenas após os 50 anos e gera debates sobre impacto na saúde feminina.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está avaliando uma mudança nos critérios para a realização de mamografias preventivas pelos planos de saúde. Pela nova proposta, a idade mínima para a cobertura do exame passaria de 40 para 50 anos. Além disso, a periodicidade seria alterada para uma realização bienal, limitada a mulheres entre 50 e 69 anos, conforme as diretrizes do SUS e do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A proposta, que está em consulta pública, gerou forte repercussão e críticas de entidades médicas. A Sociedade Brasileira de Mastologia destacou que 40% dos casos de câncer de mama no Brasil ocorrem antes dos 50 anos e defendeu a manutenção da idade mínima atual, argumentando que diagnósticos precoces salvam vidas.
Joana Jeker, diagnosticada com câncer aos 30 anos, é um exemplo do impacto positivo do rastreamento precoce. “Descobri o câncer em estágio inicial, o que foi crucial para meu tratamento. Já são 17 anos de remissão”, relatou.
A apresentadora Ana Furtado, que enfrentou o câncer de mama aos 44 anos, também se posicionou contra a mudança. “Eu só estou viva porque fiz mamografias a partir dos 40 anos. Descobri um tumor inicial e me curei,” afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais.
A presidente da FEMAMA, Maira Caleffi, classificou a proposta como um retrocesso. “Precisamos ampliar, e não restringir, o acesso às mamografias. Essa mudança comprometeria o diagnóstico precoce e aumentaria as taxas de mortalidade,” alertou.
A ANS justificou a proposta com base em estudos que apontam uma relação custo-benefício mais eficiente para a mamografia em mulheres acima de 50 anos. No entanto, os debates seguem intensos, e a consulta pública sobre a medida termina nesta sexta-feira.

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Gazeta de Varginha

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