Após enchente na Cristiano Machado, moradores contabilizam prejuízos: 'Vontade de chorar'
gazetadevarginhasi
23 de dez. de 2024
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Reprodução
Mais de 24 horas após a enchente que afetou a avenida Cristiano Machado, no bairro Primeiro de Maio, ainda são visíveis os danos causados pela água, que inundou as casas e estabelecimentos da região no domingo (22 de dezembro).
O cenário de destruição inclui barro, água acumulada nos lares e móveis empilhados para evitar maiores danos. Moradores e comerciantes, indignados, estão agora avaliando as perdas.
Na esquina da avenida com a rua dos Trabalhadores, a reportagem encontrou uma loja destruída pela enchente.
A loja de grafiato e pedras naturais foi tomada pela água durante a madrugada de domingo, e seus produtos foram reduzidos a escombros. Visivelmente tristes, os funcionários da loja tentavam avaliar o que restou do estoque.
A gerente Joyce Nayara, de 28 anos, contou que, ao observar pelas câmeras de segurança, viu que tudo havia caído no chão, mas não havia nada a fazer. Ela estimou o prejuízo entre R$ 30 mil e R$ 35 mil, principalmente devido aos produtos caros, como os itens de resina natural. "Não tem o que fazer. Dá vontade de chorar", lamentou Joyce, que informou que a loja não tinha seguro.
Na rua dos Trabalhadores, o cenário também era de frustração e tristeza. Muitas casas da região ficaram submersas pela água.
Embora os moradores se sintam aliviados por não haver feridos, a perda de bens materiais é dolorosa. O pedreiro Edilson da Silva, de 60 anos, perdeu suas ferramentas de trabalho, o veículo que estava na garagem e várias máquinas que estavam no pátio.
Ele estima um prejuízo de cerca de R$ 60 mil. "O carro tem seguro, mas as ferramentas não estavam protegidas", disse Edilson, resignado, afirmando que o único caminho agora é trabalhar para recuperar o que foi perdido.
O vizinho, o empreiteiro Edimar Ferreira de Moraes, de 42 anos, também sofreu com os danos. Em sua casa, que ele mora desde que nasceu, máquinas de lavar e móveis foram danificados, resultando em uma perda de aproximadamente R$ 15 mil. Edimar, já acostumado com os problemas causados pelas enchentes, mostrou revolta com a situação.
"Já são 42 anos lidando com isso. A água começou a invadir por volta de 5h30, e não deu tempo de salvar muitas coisas.
A gente espera que as obras de contenção de enchentes, previstas para a área onde a avenida Sebastião de Brito se encontra, resolvam o problema", criticou Edimar.
A reportagem solicitou uma posição oficial da Prefeitura de Belo Horizonte sobre o ocorrido e aguarda retorno. A matéria será atualizada caso haja resposta.
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