Após parto em casa, mulher com transtorno mental descarta filha e é indiciada pela Polícia Civil
gazetadevarginhasi
1 de jul.
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Divulgação
Polícia Civil conclui inquérito sobre mulher que descartou recém-nascida no lixo em Belo Horizonte.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta terça-feira (1/7), o inquérito que apurou um caso de homicídio em que uma mulher de 35 anos, após dar à luz em casa, teria descartado a própria filha recém-nascida no lixo. O crime ocorreu em Belo Horizonte, no bairro Venda Nova.
A mulher foi indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Com base nas conclusões da investigação, a PCMG representou pelo recolhimento domiciliar da investigada, com a determinação de que ela seja submetida a tratamento ambulatorial psiquiátrico.
Segundo a delegada Ariadne Elloise Coelho, da Delegacia Especializada de Homicídios de Venda Nova, a mulher entrou em trabalho de parto dentro de casa no dia 25 de maio, quando estava entre o oitavo e o nono mês de gestação. Após o nascimento, mesmo diante de sinais vitais da criança, ela teria arrancado o cordão umbilical, envolvido a bebê em uma manta e a colocado em um saco de lixo. O corpo permaneceu dentro da residência por dois dias, até ser descartado. A recém-nascida só foi encontrada quatro dias depois, por um gari que fazia o recolhimento dos resíduos.
A investigação apontou que a mulher agiu sozinha, sem o envolvimento de terceiros, e que o parto ocorreu sem qualquer tipo de acompanhamento médico. Exames periciais confirmaram que a gestação estava no terceiro trimestre, corroborando as declarações da própria investigada.
Diante da suspeita de transtorno mental, a mulher foi submetida a avaliação no Instituto Médico-Legal (IML), sendo diagnosticada com transtorno de personalidade esquizoide. O laudo psiquiátrico concluiu que ela apresenta semi-imputabilidade, isto é, tinha perturbação mental no momento do crime, o que pode atenuar sua responsabilidade penal.
A mulher, que é mãe de um menino de 7 anos – cuja guarda permanece com ela e está em boas condições, segundo a PCMG – não possui antecedentes criminais. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário, que analisarão as medidas solicitadas e darão continuidade à persecução penal.
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