Após redução de recursos dos EUA, OMS alerta que HIV pode se tornar uma "ameaça global"
30 de jan.
Reprodução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação, nesta terça-feira (28/11), sobre os cortes nos recursos dos Estados Unidos destinados ao combate ao HIV, alertando que isso pode representar uma "ameaça global". Quando assumiu a presidência, Donald Trump anunciou a suspensão de uma série de ajudas humanitárias, incluindo os programas de HIV.
A OMS destacou que a interrupção do financiamento pode afetar gravemente os programas que garantem acesso ao tratamento contra a Aids em países de baixa e média renda, beneficiando mais de 30 milhões de pessoas. Para a organização, essa decisão representa um "retrocesso" e aumenta o risco de mortes, além de dificultar os esforços para prevenir a transmissão do HIV, o que pode resultar em novos aumentos de infecções e mortes, revertendo décadas de avanços e potencialmente fazendo o mundo retroceder às décadas de 1980 e 1990.
Os EUA são um dos maiores financiadores do combate ao HIV no mundo, especialmente por meio do PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente dos EUA para a Luta contra HIV/Aids), criado em 2003 para controlar a pandemia até 2030. O programa tem impactado positivamente a prevenção, o tratamento e os cuidados com o HIV em mais de 50 países.
Com os cortes, muitos programas de saúde pública, especialmente em regiões mais vulneráveis, podem ficar comprometidos. Os EUA são responsáveis por cerca de 18% do financiamento da OMS e contribuem com 75% do programa de HIV da organização, além de apoiar outras iniciativas de combate a doenças como a tuberculose. Em 2020, Trump tentou retirar os EUA da OMS, mas a decisão foi revertida pelo presidente Joe Biden em 2021.
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