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Após três anos em cárcere privado, mulher é salva em Ouro Preto


Foto: Google Street View/Divulgação


O sofrimento de uma mulher de 31 anos vítima de cárcere privado em Ouro Preto, região metropolitana de Belo Horizonte, teve fim na tarde do último domingo (11). Ela foi libertada no distrito de Santa Rita do Ouro, após denúncia anônima. O suspeito é o companheiro dela, de 46 anos. O homem foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Militar, o cárcere ocorria em uma fazenda na região desde 2020, quando a mulher, natural da Bahia, aceitou vir morar com o homem, que ela conheceu em São Paulo. Na época, a filha do casal tinha apenas seis meses de idade. Conforme o relato da vítima, com o passar do tempo, o homem ficou agressivo e passou a fazer ameaças.

Ela também contou aos militares que tinha um aparelho celular que usava para manter contato com os familiares dela, na Bahia. Nas conversas com os parentes, ela sempre falava sobre o desejo de ir embora do local onde vivia com o suspeito. Porém, no ano passado, o homem descobriu as conversas e retirou o chip do aparelho, deixando a vítima sem contato com os familiares.

A mulher também contou à PM que é beneficiária do Bolsa-família, mas que o homem se apropria do dinheiro que vem do benefício, sem repassar nenhuma quantia a ela. A vítima também relatou que, apesar de não ficar trancada, ela tinha o direito de ir e vir limitado pelo homem, que a proibia de trabalhar e também de sair do local onde acontecia o cárcere.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, houve uma situação mais extrema, em que o homem suspeitou de traição por parte da vítima. Ele a levou para uma vegetação e a mandou tirar a roupa para confirmar que ela não estava “suja de ato sexual”. Conforme a imprensa local, o homem ainda a ameaçou de morte com uma faca, caso uma traição fosse confirmada.

Ainda segundo a PM, o homem também praticava violência psicológica e verbal, com ameaças de morte, gritos e xingamentos. Após a prisão, o suspeito foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil de Plantão para continuidade do caso.

Fonte: O Tempo


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