Aparecimento de caramujo transmissor de doenças preocupa moradores de Guapé, MG
Os moradores de Guapé (MG) estão preocupados com o aumento do número de caramujos africanos na cidade. Embora pequenos, esses moluscos são perigosos, pois podem transmitir doenças graves, como a meningite.
Alguns deles têm sido encontrados na praça da Casa da Cultura e também na zona rural da cidade. Cristiane, uma moradora local, contou que já tentou eliminar os caramujos, mas segue preocupada com a situação. “Tem muito aqui. Ontem à noite eu matei alguns e coloquei sal, que dizem ser eficaz. Os vizinhos também reclamam, porque há muitos caramujos e, por mais que tentemos, não conseguimos resolver.
Eles sobem em tudo, comem qualquer coisa, e com a chuva, a vegetação cresce, o que facilita o esconderijo deles. Estamos realmente preocupados”, disse Cristiane Vaz da Silva, manicure.
O caramujo africano é um transmissor de doenças como a meningite, e a contaminação pode ocorrer quando a larva do molusco está presente em hortaliças ou frutas consumidas sem o devido cuidado.
Até o momento, Guapé não registrou casos da doença. Além disso, o caramujo pode causar outras condições graves, como problemas nos vasos sanguíneos, principalmente na região abdominal.
Embora a prevalência dessas doenças seja baixa, o tratamento básico envolve o uso de corticoides e medicamentos sintomáticos, sendo essencial que qualquer caso seja acompanhado por um médico.
Para prevenir as doenças transmitidas pelo caramujo africano, a prefeitura de Guapé divulgou orientações, como o uso de luvas e sacos de lixo para coletar os moluscos. Depois de capturados, os caramujos devem ser colocados em um recipiente com sal ou água sanitária por pelo menos 24 horas e, só então, devem ser enterrados com cal virgem. A limpeza frequente dos quintais também é recomendada para eliminar esses animais.
O caramujo africano foi introduzido no Brasil na década de 1980, com a intenção de ser vendido como escargot. Porém, como o mercado brasileiro não aceitou o produto, os caramujos foram soltos na natureza. Esse molusco pode colocar cerca de 400 ovos por ano.
“O caramujo tem períodos de alta proliferação. Na época de seca, eles praticamente desaparecem. No período de chuvas, como agora, é quando mais conseguimos vê-los, já que se reproduzem mais e é possível combatê-los com mais eficácia. No começo deste ano, quando começou a temporada de chuvas, fizemos a primeira ação junto à Vigilância Sanitária. Agora, com a chegada das chuvas novamente no final do ano, vamos repetir as ações e divulgar as orientações para a população”, explicou Marcelo Gonçalves, secretário de Meio Ambiente de Guapé.
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