Argentina confirma saída da OMS e anuncia revisão de protocolos sobre vacinas
gazetadevarginhasi
27 de mai.
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O Ministério da Saúde da Argentina confirmou, nesta segunda-feira (26), a saída oficial do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o governo argentino, a decisão foi motivada pela avaliação de que as recomendações da OMS se baseiam mais em interesses políticos do que em fundamentos científicos.
Em nota oficial, o ministério argumentou que a entidade vem ampliando seus poderes de maneira indevida, ferindo a soberania sanitária das nações. “Se as organizações supranacionais são financiadas por todos os países, elas devem prestar contas e seguir os propósitos para os quais foram criadas, e não se transformar em plataformas de imposição política”, destacou o comunicado.
A decisão segue o posicionamento dos Estados Unidos, cujo presidente assinou recentemente um decreto retirando o país da OMS. O anúncio da Argentina coincidiu com a visita do secretário de Saúde norte-americano, Robert Kennedy Jr., ao país.
Entre as medidas que acompanham a ruptura está a revisão dos protocolos de aprovação de vacinas. O Ministério da Saúde argentino anunciou que os imunizantes passarão a ser testados com base em ensaios clínicos controlados com placebo — o mesmo padrão exigido para outros medicamentos. O primeiro produto submetido a esse critério será a vacina contra a Covid-19.
O ministério reforçou que a iniciativa não representa uma negação à ciência, mas uma exigência por mais rigor e transparência. Campanhas vacinais com eficácia já comprovada, como a do sarampo, continuarão ativas e reforçadas.
Outra frente de atuação será a revisão de aditivos sintéticos usados pela indústria alimentícia, com foco especial na segurança alimentar de crianças. A ideia é investigar potenciais conexões entre esses ingredientes e doenças crônicas.
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