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Ataque dos EUA ao Irã sem aval do Congresso gera críticas e pedidos de impeachment

  • gazetadevarginhasi
  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura
O ataque dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, realizado no último sábado (21), gerou duras críticas por parte da oposição no Congresso norte-americano. Parlamentares democratas acusaram o presidente Donald Trump de violar a Constituição ao ordenar a ofensiva sem a devida autorização do Legislativo, e chegaram a afirmar que o episódio representa motivo claro para um novo processo de impeachment.
Segundo a Constituição dos Estados Unidos, o presidente tem autoridade para ordenar ações militares apenas quando há ameaça iminente ao país. Em outras situações, qualquer ofensiva deve ser previamente submetida à avaliação do Congresso, que é o único órgão com poder para declarar guerra formalmente.
A deputada Alexandria Ocasio-Cortez foi uma das primeiras a se manifestar. “A decisão desastrosa do presidente de bombardear o Irã sem autorização é uma grave violação da Constituição e dos poderes de guerra do Congresso. Ele arriscou impulsivamente lançar uma guerra que pode nos enredar por gerações. É motivo absoluto e claro para impeachment”, declarou.
O deputado Sean Casten também se posicionou contra a decisão. Em uma publicação nas redes sociais, afirmou que Trump cometeu um “crime inequívoco” e foi manipulado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a se envolver no conflito.
“Quando Netanyahu atacou o Irã, ele sabia que não tinha armamento suficiente para atingir Fordow [instalação nuclear iraniana]. Só os Estados Unidos possuem bombardeiros com capacidade de penetrar os bunkers profundos onde o enriquecimento de urânio ocorre. É difícil não concluir que ele presumiu que poderia manipular Trump. E manipulou”, escreveu Casten.
Outro ponto levantado pela oposição foi a falta de transparência. De acordo com os democratas, apenas líderes republicanos no Congresso foram avisados com antecedência sobre o ataque. Os líderes democratas, Chuck Schumer e Hakeem Jeffries — respectivamente, líderes da minoria no Senado e na Câmara — só souberam da ofensiva após sua realização.
“Primeiro, o governo Trump carrega o pesado fardo de explicar ao povo americano por que essa ação militar foi realizada. Segundo, o Congresso deve ser completa e imediatamente informado em um ambiente confidencial. Terceiro, Trump assume completa e total responsabilidade por quaisquer consequências adversas decorrentes de sua ação militar unilateral”, afirmou Jeffries.
Até o momento, o governo norte-americano não se pronunciou oficialmente sobre as críticas.

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Gazeta de Varginha

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