Aumento Alarmante: Desastres Naturais Disparam no Brasil em uma Década
- gazetadevarginhasi
- 5 de jun. de 2024
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Nos últimos dez anos, o Brasil testemunhou um crescimento significativo no número de reconhecimentos federais de situações de emergência devido a desastres naturais. De acordo com dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, entre 2014 e 2023, o número saltou de 1.189 para 2.197, representando um aumento de 84% nas solicitações reconhecidas pela União. Estiagem, tempestades, inundações e enxurradas emergiram como os desastres mais impactantes nesse período, afetando estados em todo o país.
Os danos causados por esses desastres não são apenas quantificados em vidas perdidas e infraestruturas danificadas, mas também em termos financeiros. O setor privado sofreu um prejuízo de pelo menos R$ 328 bilhões, enquanto a área pública registrou perdas de R$ 34 bilhões, com a agricultura e o abastecimento de água sendo os setores mais afetados. Um levantamento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil revelou que, entre 2014 e 2023, mais de 1.768 pessoas perderam suas vidas em decorrência desses desastres, deixando mais de 4 milhões de brasileiros desabrigados.
O reconhecimento da situação de emergência é crucial, pois permite que os municípios solicitem recursos federais para a assistência humanitária, o restabelecimento de serviços essenciais e a reconstrução de infraestruturas e moradias danificadas ou destruídas pelos desastres.
Para ilustrar a magnitude do problema, os reconhecimentos por estiagem, que lideraram em 2014 e 2023, aumentaram em 76%, passando de 624 para 1.100 decretos. Durante 24 anos, a estiagem e a seca foram os desastres climatológicos mais devastadores, resultando em prejuízos de pelo menos R$ 391 bilhões entre 2000 e 2023 e afetando cerca de 110 milhões de brasileiros.
Além da estiagem, os pedidos de emergência devido a tempestades também se destacaram, com 259 decretos em 2014 e 631 em 2023. Apenas no último ano, aproximadamente 50 municípios tiveram seus pedidos reconhecidos devido a danos causados por enxurradas e inundações. Um exemplo recente é o Rio Grande do Sul, que enfrentou alagamentos em mais de 400 municípios desde o final de abril, após ter enfrentado enxurradas e chuvas no final de 2023.
fonte: R7
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