Azeitech 2025 impulsiona a olivicultura com inovação e sustentabilidade
gazetadevarginhasi
24 de fev.
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Reprodução
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizou, nesta sexta-feira (21/2), no Campo Experimental de Maria da Fé, a 5ª edição do Azeitech. Com foco em sustentabilidade e agricultura regenerativa, o evento reuniu produtores, pesquisadores e técnicos para debater avanços no setor.
A programação incluiu o 20º Dia de Campo e a 10ª Mostra Tecnológica de Olivicultura, além de um painel técnico com a participação de instituições de pesquisa do setor.
Para o diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo de Paula, o evento desempenha um papel essencial na disseminação de conhecimentos e no alinhamento de novas propostas.
“É um momento de encontro entre produtores e pesquisadores, permitindo a troca de experiências e a apresentação de resultados de projetos recentes. Também é uma oportunidade para captar novas demandas e levá-las às fontes financiadoras”, destacou.
Tecnologia e inovação no cultivo da oliveira
A Mostra Tecnológica de Olivicultura contou com a participação de empresas do setor, que apresentaram soluções e equipamentos voltados para a atividade.
A Fast Indústria, primeira empresa brasileira a fabricar máquinas para extração de óleos, esteve presente no evento, demonstrando novas tecnologias para a olivicultura.
“É um orgulho fazer parte do desenvolvimento da olivicultura nacional e ver os azeites produzidos em Maria da Fé e em outros lagares da Mantiqueira ganhando reconhecimento internacional”, afirmou Ademir Silveira, engenheiro de vendas da empresa.
Olivicultura além do azeite
Além da extração do azeite, expositores apresentaram produtos derivados do cultivo da oliveira, ampliando as possibilidades de uso da matéria-prima.
Vânia Gonçalves, farmacêutica e proprietária da marca Jardim Secreto, destacou sua parceria com a Epamig no aproveitamento de insumos como bagaço, caroço e flores da oliveira para a produção de sabonetes, hidratantes e sachês aromáticos.
“A extração do azeite gera subprodutos que podem ser utilizados na fabricação de cosméticos, agregando valor à atividade e fortalecendo o turismo ligado à olivicultura”, explicou.
Soluções sustentáveis e inovação acadêmica
A busca por alternativas sustentáveis também tem mobilizado pesquisadores universitários. Ana Helena, estudante do nono período de Engenharia Civil na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), participou do evento e compartilhou os avanços de um estudo que busca incorporar resíduos da extração do azeite na produção de argamassa para construção civil.
“O objetivo é criar um modelo economicamente viável e sustentável, reduzindo o impacto ambiental do descarte desses resíduos”, explicou a estudante.
O projeto, que conta com apoio da Epamig para o fornecimento dos materiais, está atualmente na fase de testes de granulometria, buscando definir a melhor composição para substituir parte da areia na argamassa.
Com iniciativas inovadoras e um olhar voltado para a sustentabilidade, o Azeitech 2025 reforça o papel de Minas Gerais como referência na olivicultura brasileira.
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