Bacia do Rio Doce consolida seu curso de regeneração com ações integradas de reflorestamento e monitoramento da água
Elisa Ribeiro
8 de out.
2 min de leitura
Fonte: itatiaia
A recuperação ambiental da Bacia do Rio Doce avança de forma consistente, apresentando sinais claros de regeneração. Margens mais protegidas, expansão da cobertura vegetal e melhoria da qualidade da água são alguns dos resultados já perceptíveis. Cumprindo as metas do Novo Acordo do Rio Doce, a Samarco vem intensificando suas ações ambientais, atuando em duas frentes complementares: água e terra.
No campo, a empresa amplia o plantio de mata nativa, protege nascentes e reforça a conservação florestal, assegurando que o processo de recuperação beneficie de forma duradoura as comunidades e o meio ambiente. Já na gestão da bacia, o monitoramento contínuo da qualidade da água é realizado desde 2017, com dados públicos e fiscalizados por órgãos federais e estaduais, como Ibama, ANA, ICMBio, Igam, Agerh e Iema.
Reflorestamento e recuperação de nascentes
No eixo da terra, o foco está na restauração florestal em áreas de recarga hídrica, protegendo o solo e ampliando a cobertura de mata nativa. O Novo Acordo do Rio Doce prevê a recuperação de 50 mil hectares e 5 mil nascentes, por meio de cercamento, plantio, manutenção e acompanhamento técnico. Até o momento, mais de 41 mil hectares já foram cercados, e 31 mil estão em processo de plantio com espécies nativas. Entre as nascentes, quase 4 mil já foram cercadas, o que contribui para o aumento da oferta e melhoria da qualidade da água.
A participação dos proprietários rurais tem sido essencial nesse processo, permitindo o cercamento de Áreas de Proteção Permanente (APPs) em suas terras. Nessas regiões, são realizadas as ações de restauração florestal, fortalecendo o ciclo de recomposição do rio.
Com atuação em Minas Gerais e no Espírito Santo, a Rede Rio Doce de Sementes e Mudas mobiliza cerca de 1.300 coletores — incluindo comunidades indígenas e quilombolas — que já reuniram 160 toneladas de sementes de 325 espécies nativas. Dessas, 109 toneladas foram destinadas a plantios diretos e nove viveiros regionais, resultando em quase 12 milhões de mudas produzidas e 21 milhões de árvores plantadas na bacia. O projeto, além de restaurar a vegetação, gera renda local e valoriza os saberes tradicionais.
O reflorestamento também envolve ações de conservação de solo e margens, reduzindo o assoreamento e melhorando a infiltração de água. A cada estação chuvosa, novas áreas são atendidas, priorizando as zonas de recarga hídrica.
Monitoramento e transparência
Os resultados do monitoramento são disponibilizados no portal Monitoramento Rio Doce, que apresenta séries históricas e dados atualizados sobre a qualidade da água. O portal garante transparência, permitindo o acompanhamento por especialistas, autoridades e pela sociedade.
Compromisso de longo prazo
A execução direta das ações pela Samarco representa um avanço importante na reparação e recuperação da bacia. Todas as atividades seguem rigorosamente as normas e licenças ambientais. O Novo Acordo do Rio Doce também contempla iniciativas do poder público voltadas à melhoria do saneamento e da qualidade ambiental nos municípios abrangidos pela bacia.
Com 48 anos de atuação, a Samarco reforça seu compromisso com a mineração sustentável, mantendo o diálogo constante com os órgãos de fiscalização e as comunidades locais. A continuidade das ações de reflorestamento, o monitoramento das águas e o engajamento comunitário demonstram que é possível reconstruir e preservar o território de forma responsável e duradoura.
Comentários