Banco Central eleva projeção da inflação e mantém Selic alta para 2025
gazetadevarginhasi
10 de fev.
2 min de leitura
Reprodução
O Banco Central revisou para cima a projeção da inflação para 2025, conforme divulgado no Boletim Focus desta segunda-feira (10). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora é estimado em 5,58%, acima dos 5,51% projetados na semana anterior.
Por outro lado, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 teve uma leve redução, passando de 2,04% para 2,03%. Para os anos seguintes, as projeções indicam um crescimento de 1,7% em 2026, 1,96% em 2027 e 2% em 2028.
O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, reúne estimativas de economistas do mercado financeiro sobre os principais indicadores da economia brasileira.
Taxa Selic e controle da inflação
A taxa básica de juros, a Selic, segue projetada em 15% para 2025, mantendo-se no mesmo patamar das últimas semanas. Para os anos seguintes, as previsões indicam redução gradual: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
A Selic, atualmente em 13,25% ao ano, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 1 ponto percentual, justificando a decisão como necessária para alinhar a inflação à meta de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.
O Copom destacou a alta dos preços dos alimentos, impulsionada pela estiagem e pelo aumento no custo das carnes, além da pressão do câmbio sobre os preços de bens industrializados. Diante desse cenário, um novo aumento de 1 ponto percentual na Selic poderá ser avaliado na reunião de março.
Câmbio e projeções do dólar
O Boletim Focus também apontou previsões para o câmbio. O dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 6,00, acima da cotação atual de R$ 5,75. Para os anos seguintes, a projeção se mantém estável: R$ 6,00 em 2026, R$ 5,93 em 2027 e R$ 5,99 em 2028.
As projeções reforçam o desafio do Banco Central em equilibrar o crescimento econômico e o controle inflacionário diante das incertezas do cenário global e da política monetária nacional.
Comments