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Barroso chama de "implicância" críticas a viagens de ministros com empresários no exterior


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu na noite da última segunda-feira (10) os encontros de ministros da Corte com empresários brasileiros em eventos no exterior.

Para ele, inclusive, há até uma “implicância” por parte de quem critica esses contatos, que seriam feitos com diversos setores da sociedade. A declaração de Barroso foi dada em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, na noite de segunda-feira (10).

Os contatos de ministros do STF com empresários que têm ações de interesse na Suprema Corte vêm sendo questionados pela imprensa e pela opinião pública, tanto em eventos patrocinados quanto em encontros diretos.

O caso mais recente, e utilizado como exemplo na pergunta a ele, foi a ida do ministro Dias Toffoli ao Reino Unido, no final de maio, onde assistiu à final da Champions League, no estádio de Wimbledon, em Londres, do camarote do empresário Alberto Leite.

O magistrado estava acompanhado de um segurança particular que o acompanhou na viagem e custou aos cofres públicos R$ 39 mil.
“A história do camarote não foi um evento institucional, foi um evento privado. Ele foi assistir a um jogo de futebol. Ele escolheu para a vida privada dele, pelos gostos dele, de assistir a um jogo de futebol”, disse.

“É preciso saber se ele atendeu a algum interesse desse empresário, eu acho que evidentemente não, portanto, eu acho que há uma certa implicância".

Transparência
Ainda de acordo com Luís Roberto Barroso, há no STF transparência de gastos e da agenda institucional dos ministros e que “não se deve distinguir entre evento público e evento privado”.

Na última semana, o ministro divulgou uma nota atribuindo os custos ao aumento da “hostilidade” contra ministros fomentada nos últimos anos, principalmente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.

Já sobre a divulgação da agenda privada dos ministros que implique gastos públicos, Barroso pontuou que, embora abra parte da própria agenda pessoal, nem tudo deve ser publicizado.
Fonte: O Tempo

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