Bilhões na educação e nada muda!" Governo gasta mais, mas resultados continuam precários
3 de fev.
O governo federal gastou R$ 110,9 bilhões com manutenção e desenvolvimento do ensino em 2024, um valor que superou o mínimo constitucional de R$ 108,6 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. Mesmo assim, a qualidade da educação no Brasil continua longe do ideal, com salas de aula superlotadas, infraestrutura precária e baixo desempenho nos rankings internacionais.
Enquanto o governo se orgulha do aumento nos investimentos, os brasileiros enfrentam uma realidade bem diferente: escolas sem estrutura, professores mal remunerados e um ensino público que não acompanha os padrões de países desenvolvidos.
Além da educação, os gastos com ações e serviços públicos de saúde também cresceram, atingindo R$ 215,9 bilhões, acima do mínimo constitucional de R$ 214,5 bilhões. No entanto, hospitais seguem lotados, faltam medicamentos e o atendimento no SUS ainda é um desafio para milhões de brasileiros.
O grande problema por trás desses números é a falta de eficiência na gestão pública. O Brasil arrecadou valores recordes em 2024, mas as despesas do governo explodiram, resultando em um déficit primário de R$ 47,6 bilhões. Ou seja, o governo gastou mais do que arrecadou, enquanto a população segue arcando com uma carga tributária pesada sem ver melhorias concretas nos serviços básicos.
Além disso, o déficit da Seguridade Social atingiu impressionantes R$ 373,2 bilhões, um reflexo direto da falta de reformas estruturais e da crescente pressão sobre a Previdência.
Mesmo com mais dinheiro sendo investido em educação, o Brasil continua formando profissionais menos qualificados e perdendo competitividade no cenário global. O problema não está apenas no orçamento, mas na má gestão dos recursos públicos, na burocracia e no corporativismo que impedem qualquer avanço real no setor.
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