BPC supera Bolsa Família em 1.167 municípios e altera panorama da assistência social
- gazetadevarginhasi
- 19 de mai.
- 2 min de leitura

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, superou o Bolsa Família em volume de pagamentos em 1.167 municípios brasileiros, revelando uma mudança significativa no mapa da proteção social no país.
levantamento da CNN com dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o BPC passou por 31 meses consecutivos de crescimento, totalizando um aumento de 33% no número de beneficiários desde meados de 2022 — ou seja, 1,6 milhão de novos atendidos.
O BPC paga um salário mínimo por beneficiário (R$ 1.518), enquanto o Bolsa Família tem média de R$ 660 por família. Apesar de o Bolsa Família atender mais famílias (20,5 milhões em março de 2025), o BPC já consome mais recursos federais em cidades como Recife, Campo Grande, Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte, além de pequenos municípios como Não-Me-Toque (RS) e Itororó (BA).
Entre os fatores que impulsionaram essa expansão estão:
Mudança na legislação em 2020, permitindo que mais de um membro da mesma família receba o benefício;
Reforma da Previdência de 2019, que dificultou o acesso à aposentadoria;
Ampliação do reconhecimento de deficiências, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) — hoje presente em 17% dos casos de BPC para pessoas com deficiência;
Programa de redução da fila do INSS, que acelerou análises;
Judicialização crescente dos pedidos;
Aumento real do salário mínimo, que aumentou o número de elegíveis por renda.
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