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Brasil exportou quase R$ 4,5 bilhões em alumínio para os EUA

O Brasil exportou R$ 4,5 bilhões em alumínio para os Estados Unidos em 2024, o que representou 14% das exportações totais do setor, segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). No entanto, essa relação comercial pode ser impactada por uma nova política protecionista anunciada pelo presidente Donald Trump.

Nesta segunda-feira (10), Trump confirmou que os EUA imporão tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, uma medida que pode afetar diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores dessas commodities para o mercado americano.

Exportações brasileiras cresceram, mas novas tarifas preocupam

O setor de alumínio brasileiro vinha em crescimento:

  • Em 2023, o Brasil exportou US$ 685 milhões (R$ 3,9 bilhões) em alumínio para os EUA.

  • Em 2024, o valor aumentou para US$ 796 milhões (R$ 4,5 bilhões), representando um crescimento de 16%.

Os EUA também são um dos principais compradores de aço brasileiro. Em 2024, o país importou R$ 20,3 bilhões em produtos siderúrgicos do Brasil, embora esse valor tenha sido 26,6% menor que em 2023, quando o setor exportou R$ 27,7 bilhões.

Setor industrial e governo acompanham impactos das tarifas

As tarifas devem atingir diretamente três grandes siderúrgicas brasileiras: ArcelorMittal, Ternium e CSN, que exportam produtos semiacabados para os EUA. Empresas do setor alertam que a medida pode prejudicar a competitividade da indústria nacional.

Por outro lado, o governo brasileiro não foi surpreendido pelo anúncio, já que as tarifas sobre aço e alumínio foram uma marca da primeira gestão de Trump. Segundo fontes da área econômica, a estratégia será agir com cautela e sem alarde, já que as novas tarifas afetam todos os fornecedores globais e não são direcionadas exclusivamente ao Brasil.

Além disso, o Brasil pode ter um argumento importante nas negociações: o país compra anualmente US$ 1 bilhão em carvão dos EUA para a fabricação de aço. Reduzir essa importação poderia ser uma resposta à taxação americana.

O impacto real das tarifas será observado nos próximos meses, à medida que o mercado e as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos se ajustam às novas regras impostas por Washington.

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Gazeta de Varginha

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