Lideranças empresariais e representantes dos governos brasileiro e japonês se reunirão nos dias 5 e 6 de julho para fortalecer a parceria estratégica nipo-brasileira. O encontro será no Centro Cultural Sesi Minas, em Belo Horizonte (MG), na 24ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão – uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação Empresarial do Japão (Keidanren), com apoio da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
A plenária promoverá o debate dos principais temas da agenda bilateral para aumento dos fluxos comerciais e de investimento, com discussões de pautas como descarbonização e energia limpa, comércio e diversificação de cadeias globais de valor, prioridades para a indústria e digitalização e Indústria 4.0. O objetivo é facilitar o relacionamento comercial entre empresas e debater propostas para a melhoria do ambiente de negócios.
Criado em 1974, o Conselho Empresarial Brasil-Japão (Cebraj) é uma iniciativa da CNI e da Keidanren para identificar temas estratégicos para a melhoria do ambiente de negócios e indicar, aos governos dos dois países, a agenda prioritária para o comércio bilateral. A seção brasileira do conselho é formada por empresas, grupos empresariais e entidades representativas.
Quais os principais aspectos da relação econômica entre Brasil e Japão?
O Brasil e o Japão mantêm uma importante relação econômica. O país asiático é o 9º maior fornecedor externo brasileiro e ocupa a mesma posição na lista das economias que mais investem no Brasil. De 2012 até o momento, os investimentos japoneses anunciados no Brasil se concentraram em veículos automotores (23,1%), componentes automotivos (22,3%), serviços financeiros (11,4%), borracha (8,5%) e alimentos e bebidas (5,8%). No mesmo período, todo o investimento anunciado pelo Brasil no Japão foi no setor de serviços empresariais, com um total de US$ 12,3 milhões.
Em relação ao comércio, as exportações de bens do Brasil para o Japão somaram US$ 55,4 bilhões no acumulado da última década, enquanto as importações brasileiras vindas do país asiático somaram US$49,7 bilhões. As vendas do Brasil para o país, no entanto, estão concentradas em commodities, o que indica a necessidade de diversificar e agregar valor à pauta exportadora.
Principais grupos de produtos exportados pelo Brasil para o Japão em 2022 (ComexStat/MDIC)
Milho não moído, exceto milho doce
Minério de ferro e seus concentrados
Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas
Café não torrado
Alumínio
Soja
Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas
Celulose
Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais
Elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogênios
Principais grupos de produtos importados do Japão pelo Brasil em 2022 (ComexStat/MDIC)
Partes e acessórios dos veículos automotivos
Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas
Motores de pistão, e suas partes
Instrumentos e aparelhos de medição, verificação, análise e controle
Máquinas e aparelhos elétricos
Válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou fotocátodo, diodos, transistores
Motocicletas, bicicletas motorizadas ou não e veículos para inválidos
Rolamentos de esferas ou de roletes
Aparelhos elétricos para ligação, proteção ou conexão de circuitos
Pregos, parafusos, porcas, parafusos, rebites e semelhantes, de ferro, aço, cobre ou alumínio
Comments