Brasil pode enfrentar recessão no segundo semestre de 2025, alerta economista
gazetadevarginhasi
6 de fev.
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Reprodução
O Brasil corre risco de entrar em recessão econômica no segundo semestre de 2025, segundo Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco. Em entrevista à Veja, ele apontou juros elevados, desaceleração do consumo e queda nos investimentos como fatores que podem levar a uma retração econômica.
“O agro será um espetáculo em 2025 e vai inflar o PIB no primeiro trimestre. Entretanto, já veremos o consumo e o investimento esfriarem no segundo trimestre, e a nossa expectativa é que o PIB seja ligeiramente negativo no terceiro trimestre”, explicou Honorato.
Juros elevados e impacto na economia
Para o economista, a política do Banco Central está alinhada às projeções econômicas, mas os juros altos podem agravar o cenário. “Nossa projeção atual é de que, com o juro a 15,25% ao ano, o Brasil estará em recessão no segundo semestre deste ano”, afirmou.
No início do semestre, o Banco Central elevou a taxa básica para 13,25% ao ano, o que pode levar a novos aumentos até o fim de 2025. Com esse patamar, o crédito se torna mais caro, reduzindo o consumo e desacelerando investimentos, fatores que podem levar à queda do PIB.
Principais desafios econômicos para 2025
O Bradesco aponta três fatores que devem afetar a economia brasileira este ano:
✅ Inflação persistente – A alta nos preços reduz o poder de compra.
✅ Juros elevados – O custo do crédito dificulta o acesso de empresas e consumidores.
✅ Incertezas fiscais – A falta de equilíbrio fiscal impacta a confiança do mercado.
A dívida pública em alerta
Outro ponto de preocupação é a crescente dívida pública. No final de 2023, a dívida bruta do Brasil representava 73,8% do PIB. Já em dezembro de 2024, o índice subiu para 76,1%, atingindo R$ 9 trilhões, segundo o Banco Central.
Esse aumento é acompanhado de perto por investidores, pois a relação entre dívida e PIB é um indicador-chave para avaliar a sustentabilidade financeira do país a longo prazo.
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