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Brasil pressiona UE a adiar lei antidesmatamento que pode impactar exportações em bilhões de dólares

ambiente
Foto: Divulgação
A poucos meses da implementação da nova lei antidesmatamento da União Europeia (UE), o governo brasileiro enviou, nesta quarta-feira, uma carta à liderança da UE pedindo que a legislação não seja aplicada. O governo alega que a medida pode afetar diretamente as exportações brasileiras para os países da região, que representaram mais de 30% das exportações brasileiras para o bloco em 2023, somando US$ 46,3 bilhões.
Assinada pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a carta argumenta que a lei europeia foi elaborada sem o entendimento adequado dos processos produtivos e das especificidades brasileiras, tratando-se de um instrumento "unilateral e punitivo". O documento afirma que a legislação, conhecida como EUDR, poderia prejudicar pequenos produtores, aumentar custos e violar princípios do comércio internacional, além de ignorar as leis nacionais brasileiras sobre combate ao desmatamento.
A lei da UE, aprovada em 2022, proíbe a importação de produtos originários de áreas desmatadas após 2022, incluindo carne, café, cacau, soja, produtos florestais, borracha e derivados como couro, móveis e chocolate. O governo brasileiro alerta que a medida pode impactar até US$ 15 bilhões das exportações do país para o bloco europeu.
A implementação da lei coincide com as negociações em andamento para um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Na semana passada, novas conversas foram retomadas em Brasília, com alguns avanços reportados nas áreas ambientais e de compras governamentais, temas sensíveis para o Brasil.

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