"Brasil prorroga estado de emergência zoossanitária para conter avanço da gripe aviária
gazetadevarginhasi
7 de abr.
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decidiu prorrogar por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária em todo o território brasileiro. A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (7), tem caráter preventivo diante do aumento de casos de gripe aviária em países da América do Sul, o que eleva o risco de reintrodução da doença no Brasil.
Desde sua decretação inicial, em maio de 2023, o estado de emergência tem permitido que o governo federal adote medidas mais ágeis para prevenir a disseminação da influenza aviária, como ações conjuntas entre ministérios e liberação de recursos da União para estratégias emergenciais.
Na semana anterior, o Mapa já havia adotado novas medidas, como a suspensão temporária de eventos com aglomeração de aves, incluindo exposições, feiras e torneios, além da proibição da criação de aves ao ar livre sem cobertura superior com telas. Essas restrições também valerão por 180 dias.
A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa entre aves, tanto silvestres quanto domésticas. Embora os casos em humanos sejam raros, a infecção pode ocorrer por contato direto com aves infectadas. A transmissão pelo consumo de carne ou ovos de origem animal inspecionada é inexistente.
Nos casos em que há infecção humana, os sintomas são semelhantes aos da gripe comum: febre alta, dor de garganta, tosse, mal-estar, calafrios, fraqueza e dor no corpo. Os sintomas geralmente surgem de dois a oito dias após o contato com o vírus.
Desde 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já notificou 874 infecções humanas por gripe aviária, com 458 mortes – o que evidencia um índice de letalidade elevado. Por isso, é recomendado o uso de antivirais nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas em casos suspeitos.
A decisão do governo visa fortalecer a vigilância, conter possíveis surtos e proteger tanto a saúde pública quanto a economia, principalmente os setores agrícola e avícola, que seriam gravemente impactados por um surto da doença em território nacional.
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