Brasil quer extradição de “mestre das armas” preso pela Interpol
Elisa Ribeiro
5 de mar. de 2024
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Reprodução
A Justiça Federal na Bahia pediu a extradição do argentino Diego Hernan Dirisio e da esposa dele, Julieta Vanessa Nardi Aranda, para que o casal cumpra pena no Brasil.
Dirísio é apontado pela Polícia Federal como o maior traficante de armas da América do Sul.
E é suspeito de ter vendido ao menos 43 mil armas para o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Segundo a investigação da PF, o esquema teria movimentado R$ 1,2 bilhão durante três anos.
“Eles têm que responder perante a Lei brasileira e a gente espera que aqui sejam condenados e presos, e cumpram a condenação no Brasil.
É uma resposta muito importante que a gente pode dar para o crime organizado, para as facções criminosas, para os grupos que atuam no tráfico internacional de armas”, disse à CNN o delegado Flávio Albergaria, superintendente da Polícia Federal na Bahia, onde ocorrem as investigações.
Em dezembro, a PF deflagrou a operação “Dakovo” e Dirísio era o principal alvo para ser preso, mas não foi encontrado e entrou na lista de foragidos da Interpol.
No início de fevereiro, ele e a esposa acabaram presos na Argentina em operação da Interpol.
O Brasil, então, quer que ele seja extraditado para cumprir pena em solo brasileiro.
O suspeito é dono de uma empresa com sede no Paraguai que comprava armas do Leste Europeu e conseguia repassar os produtos para criminosos por meio de empresas de fachada.
A sede da importadora fica em Assunção, no Paraguai.
A PF aponta que o esquema importou milhares de pistolas, fuzis e munição de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
As investigações da PF começaram em 2020, quando houve a apreensão de 23 pistolas e dois fuzis pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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