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Brasil Registra 196 Casos Diários de Violência Física Contra Crianças e Adolescentes em 2023, Aponta SBP

Brasil Registra 196 Casos Diários de Violência Física Contra Crianças e Adolescentes em 2023, Aponta SBP
Reprodução
Em 2023, o Brasil registrou uma média de 196 casos diários de violência física contra crianças e adolescentes de até 19 anos. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) nesta quinta-feira (24), cerca de 80% das agressões contra crianças de até 14 anos ocorreram dentro de suas próprias casas. Os números têm como base casos notificados por unidades de saúde através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), mantido pelo Ministério da Saúde.

Subnotificação e Desafios na Detecção
Apesar dos números elevados, a SBP alerta que os casos registrados são apenas "a ponta do iceberg", com a subnotificação sendo um grande desafio, especialmente em regiões remotas e com poucos recursos. A Região Norte é destacada como uma área crítica, com números abaixo da média nacional, possivelmente devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e à falta de mecanismos de denúncia eficientes.

Geografia dos Casos de Violência
A maior parte dos casos foi registrada na Região Sudeste, onde há maior densidade populacional e sistemas de notificação mais eficientes. O estado de São Paulo lidera com 17.278 registros ao longo de 2023. Minas Gerais e Rio de Janeiro ocupam a segunda e terceira posições, com 8.598 e 7.634 casos, respectivamente.

No Sul do Brasil, o Paraná apresenta números preocupantes, com um terço dos casos envolvendo crianças menores de 10 anos. Santa Catarina também chama atenção, com 31% das agressões físicas concentradas em menores de 10 anos. No Nordeste, Bahia lidera com 3.496 ocorrências, seguida pelo Ceará e Pernambuco, com altas taxas de violência entre adolescentes. No Centro-Oeste, Goiás se destaca, enquanto o Pará, no Norte, teve o maior número de notificações na região.

Orientações e Campanha de Sensibilização
A SBP alerta para a importância da atenção de profissionais de saúde aos sinais de violência, que podem incluir fraturas inexplicáveis, lesões incompatíveis com o trauma descrito e relatos contraditórios. Segundo a entidade, a violência intrafamiliar é uma "doença silenciosa", que afeta todas as classes sociais e exige intervenção para interromper o ciclo de agressões.

Após discussões no 41º Congresso Brasileiro de Pediatria, realizado em Florianópolis, será lançada uma nova campanha de sensibilização e orientação diagnóstica para profissionais de saúde, com foco na identificação precoce de sinais de violência.
Fonte: Agência Minas

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