Brasil tem déficit de 174 mil vagas no sistema carcerário, aponta relatório do Ministério da Justiça
O Brasil enfrenta um déficit de 174.436 vagas no sistema carcerário, segundo o Relatório de Informações Penais (Relipen) divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A população prisional do país é de 663.906 pessoas, enquanto o número de vagas disponíveis é de 488.951. Entre os encarcerados, 634.617 são homens e 28.770 são mulheres, sendo 212 gestantes e 117 lactantes. O relatório também aponta que apenas 19.445 famílias recebem auxílio-reclusão, benefício de um salário mínimo, para presos de baixa renda.
São Paulo lidera com o maior número de presos (200.178), seguido por Minas Gerais (65.545) e Rio de Janeiro (47.331). O relatório também revela que 183.806 pessoas estão presas de forma provisória, e 105.104 são monitoradas com tornozeleiras eletrônicas. Além disso, 158.380 presos realizam algum tipo de trabalho, e 118.886 estão envolvidos em atividades educacionais, com a maioria cursando o ensino fundamental.
A falta de vagas afeta a maioria dos estados, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que possuem os maiores déficits. Em contrapartida, estados como Rio Grande do Norte e Maranhão apresentam superávit de vagas.
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