Brasileiro acusado de homicídio escapa de extradição no Reino Unido alegando risco de tortura em prisões de Alagoas
- Elisa Ribeiro
- 31 de mai. de 2024
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Nicolas Gomes de Brito, acusado de ser mandante de um homicídio em Caratinga (MG), escapou da extradição para o Brasil após uma juíza britânica negar o pedido devido ao risco de tortura ou tratamento degradante nas prisões brasileiras. A decisão foi fundamentada em um relatório que expôs as deficiências das prisões no Brasil, incluindo superlotação e condições precárias.
O relatório apresentou detalhes sobre a prisão de Agreste, para onde Brito seria enviado, destacando a superlotação, falta de iluminação e ventilação adequadas, além da ausência de acesso à água nas celas. A juíza também considerou a possibilidade de Brito sofrer homofobia e violência devido à sua orientação sexual, embora tenha observado a falta de evidências concretas sobre isso.
Além disso, a decisão mencionou a falta de cooperação do governo brasileiro em fornecer informações solicitadas sobre as características da prisão onde Brito ficaria. A ausência de resposta do Estado solicitante foi considerada decepcionante pela juíza.
Brito foi acusado de envolvimento em um homicídio em 2019, em Caratinga, Minas Gerais, motivado por vingança e ligação com o tráfico de drogas. Apesar das investigações, ele permaneceu foragido até então, sem paradeiro conhecido.
Fonte: Revista Oeste
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