Briga por galo termina em morte e condenação a mais de 30 anos de prisão
gazetadevarginhasi
1 de jul.
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Divulgação
Pai e filho são condenados a mais de 30 anos de prisão por homicídio após discussão sobre galo em Governador Valadares.
O Tribunal do Júri de Governador Valadares condenou pai e filho a 35 e 30 anos de prisão, respectivamente, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O julgamento ocorreu na última quinta-feira (27/6) e durou cerca de 15 horas. A motivação para o crime foi uma discussão envolvendo o pagamento de um galo, ocorrida em maio de 2023.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu, por maioria, a responsabilidade dos réus e confirmou as qualificadoras de motivo fútil e emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas. As teses defensivas de legítima defesa, inexigibilidade de conduta diversa, desistência voluntária e homicídio privilegiado foram rejeitadas.
A defesa assumiu que os disparos fatais partiram do pai, mas tentou isentar o filho de participação, o que não foi acolhido. Conforme sustentou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o filho também concorreu para a execução dos crimes, tese acatada pelos jurados.
Segundo o promotor de Justiça Mateus Netto Coelho, os jurados agiram com firmeza ao analisar as provas e não aceitaram versões sem comprovação apresentadas pela defesa. “O crime foi grave e desolou uma família, que perdeu um filho e teve o pai com sequelas permanentes, aguardando por meses uma cirurgia para reconstrução da mandíbula”, declarou.
O crime ocorreu em 14 de maio de 2023, no bairro Vale Pastoril. De acordo com as investigações, os réus, acompanhados de outros três homens não identificados, foram até o bar de José Carlos Alves de Oliveira e iniciaram uma discussão sobre a venda de um galo. Durante a briga, o pai sacou um revólver e atirou contra José Carlos, atingindo sua mandíbula. O filho da vítima, Jackson Fernando dos Santos Alves, tentou intervir, mas foi identificado pelo filho do atirador, que indicou sua ligação com José Carlos. Em seguida, Jackson foi baleado no abdômen e morreu antes de receber atendimento hospitalar.
A pedido do MPMG, a Justiça determinou a execução imediata das penas, mantendo os réus presos e negando o direito de recorrer em liberdade, sob o argumento de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal. Ambos seguem em unidades do sistema penitenciário estadual.
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