Cárcere, ameaça e abuso: mulher é indiciada por crimes sexuais contra mulheres em BH
gazetadevarginhasi
11 de abr.
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Reprodução
Mulher é indiciada por manter casa de prostituição com vítimas em cárcere privado em BH.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta quarta-feira (10/4), o inquérito que apurou denúncias de exploração sexual e cárcere privado envolvendo uma casa localizada no bairro Cidade Jardim, na região Sul de Belo Horizonte. Uma mulher de 55 anos foi indiciada pelos crimes de rufianismo, indução à prostituição, manutenção de casa de prostituição e cárcere privado, conforme previsto no Código Penal.
As investigações começaram no dia 13 de fevereiro, quando a suspeita foi presa em flagrante após prestar depoimento na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher (Depam), na capital. A apuração foi conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS), que colheu depoimentos de vítimas e testemunhas e reuniu outros elementos probatórios.
Segundo a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo caso, as vítimas relataram que estavam presas no local e obrigadas a se prostituírem para quitar dívidas relacionadas à hospedagem e outras despesas. “As provas produzidas indicaram que a indiciada estaria explorando o trabalho de diversas mulheres como prostitutas, impedindo-as de sair da casa de prostituição a qual a investigada seria a proprietária”, explicou.
As vítimas afirmaram ainda que viviam no local há cerca de quatro meses em situação de privação de liberdade, com alimentação restrita e vestuário escasso. Além disso, 60% do valor arrecadado por meio dos programas era retido pela suspeita.
Larissa Mascotte destacou também que uma das vítimas denunciou que os clientes eram autorizados a usar força física durante os programas. “A suspeita detinha percepção dos lucros auferidos da atividade sexual realizada pelas vítimas, mediante ameaça, violência, coação ou tolhimento da liberdade sexual, incorrendo assim também nas iras do artigo 330 do CP (rufianismo)”, afirmou.
Durante a operação que levou à prisão da mulher, foram apreendidos recibos com valores e nomes de diversas mulheres, um celular, um gravador de imagens e dinheiro em espécie. O inquérito foi finalizado e encaminhado à Justiça para providências legais.
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