Café fecha em alta nas bolsas internacionais com suporte de clima seco e dólar mais fraco

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Os preços do café encerraram a sessão de quinta-feira (24) com fortes altas nas bolsas internacionais. O movimento foi impulsionado pela fraqueza do dólar e pela previsão de chuvas limitadas nas regiões produtoras do Brasil, o que pode comprometer a produtividade da próxima safra e sustentar os preços no curto prazo.

De acordo com dados do Barchart, o dólar mais fraco favoreceu os ganhos de diversas commodities, incluindo o café. Já a Climatempo alertou que as regiões cafeeiras brasileiras devem ter chuvas escassas nos próximos dias — fator que preocupa o mercado.

A consultoria Hedgepoint divulgou um novo relatório na quinta, ajustando suas estimativas de produção para o ciclo 2025/26. A previsão total é de 63,8 milhões de sacas, 0,6% acima da safra anterior. Apesar do crescimento no volume de Conilon, a produção de Arábica foi revista para baixo: de 42,6 milhões de sacas em fevereiro para 39,6 milhões, uma queda de 8,4% frente à temporada 2024/25. A redução foi atribuída à baixa pluviosidade no período de desenvolvimento da nova safra, segundo Laleska Moda, analista da Hedgepoint.

No mercado futuro, o café arábica encerrou o pregão em forte alta:

Maio/25: +1.560 pts, cotado a 408,00 cents/lbp

Julho/25: +1.305 pts, a 398,80 cents/lbp

Setembro/25: +1.270 pts, a 391,30 cents/lbp

Dezembro/25: +1.150 pts, a 381,85 cents/lbp

O robusta também subiu

Maio/25: +US$ 56, negociado a US$ 5.387/ton

Julho/25: +US$ 65, a US$ 5.427/ton

Setembro/25: +US$ 71, a US$ 5.369/ton

Novembro/25: +US$ 78, cotado a US$ 5.300/ton

Mercado interno reage

No mercado físico, a movimentação foi intensa e refletiu as altas da bolsa de Nova York. Segundo o boletim do Escritório Carvalhaes, os negócios seguem abaixo da demanda dos compradores. “Há interesse em todos os tipos de café, mas os lotes da safra 2024 ainda em mãos dos produtores são escassos e, diante dos preços atuais, muitos optam por segurar os estoques”, aponta o relatório.

Nas principais praças acompanhadas pelo Notícias Agrícolas, os preços do Arábica Tipo 6 apresentaram as seguintes valorizações:

Espírito Santo do Pinhal/SP: +4%, a R$ 2.600/saca

Campos Gerais/MG: +2,12%, a R$ 2.645/saca

Guaxupé/MG: +1,95%, a R$ 2.616/saca

Cereja Descascado também subiu

Campos Gerais/MG: +2,08%, a R$ 2.705/saca

Varginha/MG: +1,85%, a R$ 2.750/saca

Poços de Caldas/MG: +1,40%, a R$ 2.890/saca

O cenário é de atenção para o mercado, que segue monitorando as condições climáticas no Brasil e seu impacto sobre a oferta global de café.