Carteirinha para identificar pessoas com autismo em MG poderá valer em todo o país
Projeto de lei aprovado na Assembleia foi encaminhado ao governador Romeu Zema, que pode sancionar ou vetar a proposta
Está nas mãos do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa que permite que a carteira de identificação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) emitida no estado possa valer para todo o país. Zema irá decidir, nos próximos dias, se sanciona ou veta a iniciativa que busca identificar as pessoas e facilitar o acesso aos estabelecimentos.
O documento, que já é emitido em Minas desde dezembro de 2021, também existe em outros estados. O objetivo é o mesmo: garantir a atenção integral e a prioridade no atendimento em serviços públicos e privados de saúde, educação e assistência social.
Segundo o autor do projeto, deputado Professor Wendel (Solidariedade), a Carteira de Identidade de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) emitida em Minas Gerais só é válida no estado e diz que é importante manter os direitos de pessoas com autismo em todo o território nacional.
"Esse projeto é importantíssimo para os autistas em Minas Gerais. A gente lutou incansavelmente para que, aqui em Minas, a gente tivesse a Ciptea, que hoje dá um benefício real - uma preferência em uma fila, em um estacionamento. Porém, essa carteirinha, hoje, só vale em Minas. O que fizemos com esse projeto é que a Ciptea, a partir de então, poderia ter validade em qualquer lugar do Brasil. Se um autista estiver fora do estado, ele tem esse direito de se identificar. Hoje, a carteira de identidade vale em todo o território nacional, mas a Ciptea só vale em Minas. Isso tá errado", explica.
A Ciptea contém a identificação da pessoa com transtorno do espectro autista, um contato de emergência e informações sobre o representante legal.
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