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Cessar-fogo entre Israel e Hamas pode estar próximo, diz imprensa internacional


Reprodução
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Após mais de um ano de impasses, um cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas parece estar prestes a ser concretizado nesta segunda-feira (13). De acordo com fontes de negociação, houve avanços significativos nas conversas durante a madrugada.

Alguns meios de comunicação informaram que um rascunho do acordo final já havia sido enviado às partes e aprovado tanto por Tel Aviv quanto pelo Hamas, segundo a emissora israelense Canal 12 e o portal Al-Arabiya, respectivamente.
No entanto, essa informação foi negada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, que afirmou que o país está comprometido em liberar os reféns e fazendo todos os esforços para alcançar um acordo.

O Hamas também não confirmou oficialmente o relato, mas indicou em um comunicado que a libertação de seus prisioneiros está próxima. O possível acordo envolveria, além do fim dos confrontos, a libertação de centenas de palestinos detidos por Israel, incluindo alguns condenados por terrorismo.

Em troca, o Hamas libertaria os reféns sequestrados durante o ataque que iniciou o conflito e que continuam sob sua custódia. De acordo com o Canal 12, os 34 reféns que foram identificados em uma lista divulgada na semana passada seriam liberados na primeira fase do acordo. No total, 98 das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza, incluindo pelo menos 36 cujas mortes foram confirmadas pelas autoridades israelenses.

Este anúncio ocorre após 14 meses de tentativas frustradas de negociações, nas quais avanços eram frequentemente noticiados, mas desmentidos em seguida. Israel e Hamas se acusaram mutuamente pelo impasse. O Hamas exigia a retirada total das tropas israelenses de territórios palestinos, enquanto Israel se opunha a isso sem a desarticulação total do grupo terrorista, um objetivo considerado irreal por muitos.

Um fator que parece indicar que o acordo pode finalmente acontecer é a proximidade da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para o próximo dia 20. Esse prazo é visto como um ponto crucial, especialmente depois que Trump afirmou que os responsáveis pelos reféns "pagariam caro" se as pessoas sequestradas não fossem libertadas antes de sua posse.

Em sua plataforma Truth Social, Trump declarou que "os responsáveis serão atingidos de forma mais dura do que qualquer um na longa e lendária história dos EUA".

O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, também se juntou recentemente às negociações e esteve na região, onde se encontrou com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, no sábado (11), antes de retornar a Doha, no Catar, onde as conversas estão sendo mediadas. O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que o governo Biden tem buscado apresentar uma "frente unida" com a equipe de Trump em relação ao cessar-fogo.

Além disso, o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Brett McGurk, o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, o chefe da inteligência do Egito, Hassan Mahmoud Rashad, e representantes do Hamas e das agências de inteligência israelenses Mossad e Shin Bet também participaram das negociações. A mediação por Washington, Doha e Cairo viabilizou uma primeira trégua entre Israel e o Hamas, em que cerca de cem reféns foram liberados um mês após o início do conflito, em novembro de 2023.

Outras notícias que surgiram recentemente também indicam que um cessar-fogo pode estar próximo. O presidente Biden, que está em sua última semana na Casa Branca, conversou com Netanyahu no domingo (12). Além disso, no sábado, o jornal israelense Haaretz informou que o Exército de Israel aprovou planos para a retirada de tropas de partes da Faixa de Gaza e está pronto para implementar qualquer acordo que seja firmado pelo governo.

Por fim, Netanyahu aparentemente decidiu ignorar a pressão da coalizão de ultradireita que o apoia no Congresso para não aceitar os termos propostos pelo Hamas. Um exemplo disso é a reação de Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, que afirmou em um comunicado que o acordo em negociação é "uma catástrofe para a segurança nacional".

Fonte:O tempo

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