Charrete elétrica: cidade mineira inova tradição em prol do bem-estar animal
6 de nov. de 2024
Seguindo orientação do Ministério Público, a histórica cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, lançou o primeiro modelo de charrete elétrica, marcando uma mudança importante para o turismo local e a proteção dos animais. A iniciativa faz parte do projeto "Transição da Tração Animal para a Inovação", que visa substituir as charretes puxadas por cavalos por veículos elétricos, conciliando a preservação do patrimônio cultural com o bem-estar animal.
O objetivo é promover sustentabilidade e inclusão social, oferecendo uma alternativa que respeita os animais e garante o sustento das famílias de charreteiros. O protótipo foi apresentado no Largo das Forras, um dos pontos mais icônicos da cidade.
Inovação e inclusão social
A transição das charretes tradicionais para veículos elétricos resulta de uma demanda coletiva, envolvendo o Ministério Público, a prefeitura, a associação de charreteiros e organizações civis.
Para a promotora de Justiça Luciana Imaculada de Paula, encontrar uma solução que equilibrasse a proteção animal e o sustento dos charreteiros foi essencial para o avanço do projeto. “O movimento em prol da substituição das charretes teve início no conflito entre o cuidado com os animais e a necessidade de continuidade do trabalho das famílias,” explicou.
A introdução das charretes elétricas em Tiradentes representa um avanço significativo, mas ainda há desafios, como a adoção responsável dos cavalos aposentados, para assegurar uma vida digna aos animais.
Brenda Sampaio, advogada do Instituto Arbo, que executa o projeto, destaca que esta é apenas a fase inicial de uma transição que exigirá compromisso e trabalho de todos os envolvidos. “Esse momento marca o começo de uma mudança necessária, com muitos desafios e conquistas pela frente”, comentou Brenda.
Demanda antiga de entidades de proteção animal
Uma das ONGs que defendem o fim da tração animal na cidade é a Comissão de Proteção Animal de Tiradentes (Compat), que celebrou a novidade. Em suas redes sociais, a Compat, que combate a violência contra animais usados para transporte, expressou apoio ao projeto.
Em um vídeo publicado, uma representante da organização agradece ao Instituto Arbo, que coordenou o projeto e apresentou a solução adaptada à realidade de Tiradentes.
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