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China corta importações de soja dos EUA e pressiona Brasil com alta demanda

  • gazetadevarginhasi
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura
Reprodução
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As importações de soja da China despencaram em março para o menor nível registrado para o mês desde 2008, refletindo os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos e atrasos na colheita brasileira. Segundo a Administração Geral de Alfândega da China, o país importou 3,5 milhões de toneladas no mês passado, uma queda de 36,8% em relação ao mesmo período de 2023.

No acumulado do primeiro trimestre, as compras chinesas da oleaginosa somaram 17,11 milhões de toneladas, número 7,9% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior (18,58 milhões de toneladas) e abaixo das projeções de analistas, que esperavam entre 17,3 milhões e 18,0 milhões de toneladas.

A analista Rosa Wang, da consultoria JCI, com sede em Xangai, explicou que o mercado ficou receoso com a escalada da guerra comercial desde a posse de Donald Trump. Com a expectativa de uma colheita recorde no Brasil, muitos compradores migraram para a soja brasileira. No entanto, o atraso na colheita e problemas logísticos nos portos brasileiros, maior fornecedor da China, impactaram os embarques em março.

As tensões comerciais entre China e Estados Unidos seguem influenciando o comércio agrícola. O governo chinês elevou as tarifas sobre todas as importações dos EUA para 125%, em resposta às ações tarifárias do governo Trump. Além disso, uma taxa adicional de 10% a 15% foi imposta em março sobre cerca de US$ 21 bilhões em produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos, fazendo com que as tarifas sobre a soja dos EUA chegassem a 135%.

Com isso, a demanda chinesa se voltou ainda mais ao Brasil. Segundo a Bloomberg, processadores de soja da China fecharam pelo menos 40 contratos de compra de soja brasileira somente na primeira metade da semana passada, com entregas previstas entre maio e julho.

Apesar da retração nas importações de março, os analistas preveem uma recuperação significativa no segundo trimestre. A expectativa é que a China importe 31,3 milhões de toneladas de soja entre abril e junho, impulsionada pela chegada de grãos da safra recém-colhida do Brasil.

Até a última sexta-feira, os agricultores brasileiros já haviam colhido 89,09% da safra 2024/2025, um avanço em relação aos 85,13% registrados no mesmo período da temporada anterior, segundo a consultoria Patria Agronegócios.

A soja importada pela China é destinada principalmente ao esmagamento industrial, processo que transforma o grão em farelo para ração animal e óleo para uso culinário, essenciais para sustentar a maior população do planeta e seu gigantesco setor de produção de proteína animal.

Fonte:Cnn

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Gazeta de Varginha

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