China critica plano dos EUA de revogar vistos de estudantes e fala em “discriminação”
gazetadevarginhasi
29 de mai.
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A China reagiu com dureza à decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de estudantes chineses. Em coletiva nesta quinta-feira (29), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, classificou a medida como “discriminatória” e “politizada”, acusando os EUA de usarem pretextos ideológicos para prejudicar os alunos.
Segundo Mao, “os Estados Unidos cancelaram injustificadamente os vistos sob o pretexto de ideologia e segurança nacional”, acrescentando que isso contradiz os valores de liberdade e abertura que os americanos afirmam defender. A China já formalizou protestos diplomáticos contra Washington.
O plano foi anunciado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que afirmou que os vistos de estudantes com vínculos com o Partido Comunista Chinês ou que estudam áreas consideradas sensíveis serão cancelados “agressivamente”. Ele ainda prometeu revisar os critérios de concessão de vistos, ampliando a análise de conexões políticas e redes sociais dos solicitantes, inclusive de Hong Kong.
Atualmente, a China é o segundo maior país de origem de estudantes internacionais nos EUA, com mais de 270 mil alunos no ano letivo de 2023-24 — quase 25% do total.
As tensões entre o governo Trump e o meio acadêmico vêm se intensificando. Recentemente, foi suspensa a emissão de vistos em todos os consulados do país, e a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, exigiu que universidades, como Harvard, entregassem registros de seus estudantes estrangeiros. A recusa da universidade resultou na suspensão de sua autorização internacional, medida posteriormente revertida por decisão judicial.
A disputa revela um novo capítulo na deterioração das relações bilaterais entre as duas potências, com implicações diretas sobre a mobilidade acadêmica global.
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