CIA confirma suspensão de apoio de inteligência dos EUA à Ucrânia após crise com Trump
5 de mar.
Os Estados Unidos suspenderam o apoio de inteligência e o envio de armas para a Ucrânia, confirmou nesta quarta-feira (5) o diretor da CIA, John Ratcliffe. A decisão veio dias após um bate-boca tenso entre o presidente americano Donald Trump e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky no Salão Oval da Casa Branca.
Segundo Ratcliffe, Trump questionou se Zelensky estava realmente comprometido com o processo de paz e, diante da incerteza, decidiu "dar uma pausa" no suporte militar e estratégico à Ucrânia. O presidente americano teria dito que o governo ucraniano precisava "pensar melhor" sobre sua postura antes de continuar recebendo ajuda dos EUA.
A suspensão incluiu redução de voos de vigilância e inteligência, o que pode impactar diretamente as operações militares da Ucrânia. O país depende fortemente desses dados para monitorar movimentações das tropas russas e se defender de ataques.
Impacto na guerra
A decisão de Trump pode enfraquecer as forças ucranianas, especialmente após a Rússia intensificar ataques estratégicos e reforçar suas operações militares no leste da Ucrânia. O Kremlin, que recentemente utilizou mísseis hipersônicos contra alvos ucranianos, observa atentamente as movimentações americanas.
O corte de apoio militar levanta dúvidas sobre o futuro do conflito e sobre o real compromisso dos EUA com seus aliados. Embora Ratcliffe tenha expressado esperança de que a pausa seja temporária, a medida já preocupa líderes ocidentais e fortalece a posição da Rússia no cenário global.
A Casa Branca ainda não detalhou se pretende retomar o envio de armas e informações estratégicas à Ucrânia ou se essa suspensão pode se tornar definitiva.
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