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Cientistas testam colírio para cavalos cegos que pode ser usado contra cegueira humana

Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos EUA, desenvolveram um colírio inovador que pode restaurar a visão em cavalos com uveíte autoimune recorrente, uma das principais causas de cegueira nesses animais. O estudo, publicado na revista Frontiers in Immunology, sugere que a nova abordagem pode ser adaptada para tratar seres humanos que sofrem com a mesma doença.
A uveíte é uma inflamação na úvea, camada intermediária do olho, que pode causar dor intensa, sensibilidade à luz e, em casos avançados, perda definitiva da visão. Atualmente, os tratamentos disponíveis utilizam corticóides, que reduzem a inflamação, mas possuem efeitos colaterais significativos e não evitam a recorrência da doença.
O novo tratamento consiste em um colírio contendo o peptídeo sintético SOCS1-KIR, que atua na regulação do sistema imunológico, reduzindo a inflamação sem os efeitos adversos dos esteroides.
RESULTADOS DOS TESTES EM CAVALOS
Nos testes realizados na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Flórida, cavalos que sofriam com dor intensa e visão reduzida apresentaram melhora significativa após o uso do colírio. Alguns dos animais voltaram a enxergar parcialmente, indicando que a terapia pode restaurar a função ocular em estágios intermediários da doença.
Os cientistas acreditam que o sucesso do tratamento nos cavalos pode levar a testes clínicos em humanos, já que a fisiologia ocular dos dois animais tem semelhanças.
“Se conseguimos provar sua eficácia em cavalos, há uma grande chance de que ele também funcione em humanos”, afirmou o professor Joseph Larkin, um dos autores do estudo.
O próximo passo da pesquisa será a realização de ensaios clínicos ampliados em cavalos, visando uma futura adaptação do tratamento para pacientes humanos. O projeto conta com financiamento da Grayson-Jockey Club Research Foundation, organização dedicada ao avanço da pesquisa veterinária equina.
Caso os testes avancem com sucesso, essa inovação pode representar um grande avanço na oftalmologia, trazendo esperança para pessoas que enfrentam doenças inflamatórias oculares e risco de cegueira.

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Gazeta de Varginha

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