Essa semana fui recebida, no gabinete do vereador Alexandre Prado para falarmos sobre cultura, principalmente sobre o segmento LITERÁRIO.
Na reunião esteve também o presidente da APESUL – Associação de Poetas e Escritores do Sul de Minas, Expedito Gonçalves Dias.
Alexandre Prado faz parte da Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Varginha e mostra com firmeza que conhece a linguagem da ARTE e da CULTURA e reconhece o quanto é necessária a aplicabilidade das políticas públicas culturais.
Alexandre Prado é formado em Direito, professor universitário, ex-presidente da OAB Varginha e da APAC Varginha, e atualmente vereador. Atua com dedicação na defesa das prerrogativas da advocacia, na valorização da justiça social e no fortalecimento da cultura local.
Nascido em Varginha, tem orgulho de contribuir com iniciativas que impactam positivamente nossa cidade, especialmente nas áreas jurídica, educacional e cultural.
Perguntei ao vereador qual o sentido da cultura e, prontamente respondeu: “Cultura é a alma de um povo. É identidade, história, criação e resistência. Está nas manifestações artísticas, mas também no cotidiano, nas tradições, nos saberes e fazeres populares. É o que nos conecta com o passado e nos projeta para o futuro.”
Explicou ainda que “Varginha possui um celeiro riquíssimo de artistas, escritores, músicos e produtores culturais. No entanto, ainda há desafios quanto ao apoio institucional e fomento contínuo. Precisamos ampliar políticas públicas que valorizem esses talentos e garantam acesso e incentivo à produção e fruição cultural em todos os bairros da cidade.”
“Disse estar se informando sobre as Leis de Incentivo à Cultura do Município (COMIC) e que, precisamos urgentemente, atualizar as defasagens que a Lei apresenta e, a comissão de cultura, tem um papel essencial nessa luta. Chegar a 1% ou 1,5% já seria um avanço enorme e geraria impacto direto na economia criativa, no turismo e na valorização dos nossos artistas.”
O jovem vereador deixou claro que tem um compromisso com a CULTURA por ela ser um direto previsto na Constituição Federal, mencionando vários artigos e fez questão de esclarecer que “A Constituição Federal garante a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, incentivando a valorização e difusão das manifestações culturais. A cultura é considerada um direito fundamental do ser humano, com o Estado responsável por garantir as condições necessárias para o seu pleno exercício.”
Pela primeira vez a COMISSÃO de CULTURA da Câmara tem um vereador que mostra a que veio, pois além de outros embates que enfrenta diante de diversas demandas, levanta a bandeira da ARTE e da CULTURA com responsabilidade e com ações e diálogos objetivos.
Em tão pouco tempo de trabalhos já encaminhou e protocolou um requerimento solicitando informações oficiais da Prefeitura sobre os imóveis desocupados que pertencem ao patrimônio do Município de Varginha. A proposta busca identificar quantos são esses imóveis, onde estão localizados, qual era sua antiga função e se há algum plano de uso futuro.
Segundo o vereador, o objetivo é garantir transparência na gestão dos bens públicos e propor soluções para reaproveitamento desses espaços, seja em projetos sociais, culturais, habitacionais ou administrativos, evitando a ociosidade e otimizando os recursos da cidade.
Solicitou também o estudo, viabilidade e possibilidade de tornar a Biblioteca Pública Municipal digitalizada, nas obras que são possíveis serem digitalizadas e explicou que o objetivo não é acabar com o espaço da Biblioteca e sim deixar mais acessível em tempos tão tecnológicos, explicando que: “Encaminhamos à Prefeitura e à Fundação Cultural uma importante indicação legislativa para estudo de viabilidade da criação de uma plataforma digital para ampliar o acesso ao conhecimento, permitindo que estudantes, professores, pesquisadores e toda a população possam consultar livros e conteúdos educacionais de forma remota, sem depender de deslocamentos ou horários fixos.
Nossa proposta visa inovar com responsabilidade, sempre respeitando os direitos autorais. Assim como a plataforma digital da Prefeitura de São Paulo (https://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/#), queremos seguir exemplos de sucesso e inclusão, garantindo uma ferramenta segura, legal e educativa para todos.
Com essa iniciativa, Varginha dá mais um passo rumo ao futuro, promovendo inclusão cultural, acesso à informação e incentivo à leitura!
Vamos juntos transformar o acesso à cultura na nossa cidade!”
Eu, como colunista cultural, ao procurar o vereador e ouvir tão seguros argumentos, confesso que fiquei cheia de otimismo e esperança, apesar de saber que mais uma vez a LITERATURA SOFREU UMA RASTEIRA NA ELABORAÇÃO DA FEIRA LITERÁRIA DE VARGINHA – FLIV, mas esperamos que tal impasse seja resolvido, afinal, precisamos da parceria do poder público e temos direito de reivindicar, por meio de demandas, nossas necessidades e anseios enquanto produtores culturais.
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