Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes - 14/03/2025
gazetadevarginhasi
14 de mar.
8 min de leitura
Case de sucesso?
Uma matéria sobre Varginha foi publicada no Jornal Estado de Minas, que mesmo sem ter mais a mesma penetração que tinha na região no passado, foi lido por algumas lideranças setoriais da cidade e vale a pena ser reproduzido e comentado na Coluna. O título diz: “Essa cidade em Minas deu a volta por cima e hoje é um polo econômico poderoso. Localizada no Sul de Minas Gerais, Varginha tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a história colonial do Brasil. Originalmente conhecida como Espírito Santo das Catanduvas, a região começou como um pequeno arraial. O desenvolvimento inicial foi fortemente influenciado pela presença dos tropeiros, que eram responsáveis pelo transporte de mercadorias e animais entre as regiões, promovendo o crescimento econômico e social. Durante o século XIX, Varginha experimentou um crescimento populacional e econômico moderado. A cidade começou a se formar em torno de atividades religiosas e agropecuárias, que eram as principais forças motrizes da economia local. A presença de colonizadores portugueses deixou uma marca indelével na cultura e nas tradições da região. A chegada da linha férrea em 1892 foi um divisor de águas para Varginha. A ferrovia trouxe consigo a promessa de modernização e conectividade, facilitando o transporte de produtos agrícolas e mercadorias manufaturadas. Com a nova infraestrutura, a cidade começou a pavimentar suas ruas e introduzir iluminação pública, o que melhorou significativamente a qualidade de vida dos habitantes.
Case de sucesso? - 02
A estação ferroviária rapidamente se tornou um centro de atividade econômica, atraindo empresas e promovendo o comércio. Além disso, a ferrovia estimulou o desenvolvimento cultural, com a inauguração de locais de entretenimento como teatros e cinemas, que enriqueceram a vida social da cidade. No século XX, Varginha passou por uma transformação econômica significativa. A agricultura, que sempre foi o pilar da economia local, começou a dividir espaço com a indústria. O cultivo de café, em particular, continuou a ser uma importante fonte de renda, mesmo em tempos de crise econômica global. Com o apoio de políticas locais, Varginha atraiu diversas indústrias, que contribuíram para a diversificação econômica e a criação de empregos. A cidade viu a instalação de empresas de renome, que ajudaram a consolidar sua posição como um importante polo industrial na região. Hoje, Varginha é reconhecida não apenas por sua indústria, mas também por sua relevância no comércio de café em nível global. A cidade continua a crescer, enfrentando o desafio de equilibrar desenvolvimento econômico com sustentabilidade e qualidade de vida para seus moradores. O futuro de Varginha parece promissor, com investimentos contínuos em infraestrutura e serviços públicos. A cidade está se adaptando às demandas do mercado global, enquanto fortalece suas instituições de ensino e saúde, garantindo um ambiente propício para o desenvolvimento econômico e social”, conclui a matéria!
Case de sucesso? - 03
Sem dúvida Varginha teve uma história de sucesso ao longo das décadas passadas. Enfrentou e venceu desafios como pragas, doenças, revoluções políticas nacionais, modernizou-se, foi beneficiada pela agroindústria do Café, e algumas escolhas de empresários visionários e empreendedores corajosos. Mas os desafios mudaram e a cidade hoje cresce, nas com desafios ainda maiores. Varginha precisa de planejamento e foco para continuar crescendo. Mais que isso, precisa crescer a ponto de não perder para outras cidades próximas (que também estão crescendo) as referências que já possui. A qualidade de vida em Varginha é melhor que em Pouso Alegre, mas nossa economia é menor! Varginha tem economia mais variada que Poços de Caldas, mas nosso urbanismo e planejamento perde para Poços. Estamos crescendo sim, mas num ritmo menor que a pequena cidade de Extrema que vem oferecendo cada dia mais qualidade de vida aos seus moradores. Assim, cabe dizer que a matéria do Jornal Estado de Minas tem razão, em partes! Varginha cresceu e venceu quando olha para sua própria história no passado. Mas hoje a competitividade nos impõe mais que a concorrência com sigo mesmo, mas também em relação aos seus competidores, e Varginha possui muitas outras cidades que concorrem com nosso desenvolvimento.
MGC 491: EPR faz melhorias na via,
mas pedágio caro incomoda
Quem percorre as estradas pelo Brasil sabe que o governo não é bom gestor de estradas e infraestrutura. Talvez por isso as melhores estradas do Brasil sejam todas pedagiadas e administradas pela iniciativa privada. Mas também não faltam casos de pedágios caros que aborrecem o motorista, o que parece ser o caso de quem trafega pela MGC 491 entre Três Corações e São Sebastião do Paraíso. A estrada é administrada pela Concessionária EPR, grupo econômico de São Paulo que comprou várias concessões em Minas. A EPR Vias do Café continua fazendo obras de melhorias em vários trechos das rodovias que administra, mesmo porque, tem um contrato de investimentos e um cronograma que precisa ser cumprido. Na microrregião de Varginha as obras estão na MGC 491, entre Varginha e Três Corações, e na MGC 369 em Campos Gerais, os trabalhos seguem até sábado com recuperação do asfalto, sistemas de drenagem e reforço na sinalização. Há obras também na BR 265 em Nepomuceno e na BR 146 entre Guaxupé e Muzambinho. Em todos os trechos os funcionários da EPR comandam a operação “pare-siga”. Em que pese as obras em andamento, é fato que os grandes investimentos ainda não iniciaram nas vias da EPR. Como o caso da duplicação da ponte próximo ao Clube Campestre em Varginha. A obra é fundamental para a conclusão da duplicação da MGC 491 em seu trecho mais demandado, que fica entre Três Corações e Varginha. Pelo contrato da EPR, a concessionária tem até 2028 para fazer a obra, até lá, o salgado pedágio cobrado vai continuar atormentando o motorista. O Centro de Controle Operacional da concessionária funciona 24h pelo telefone 0800 265 0491.
Veneno da oposição
Com o Governo Ciacci recém-eleito e a oposição sem bandeiras para levantar ou problemas crônicos para apontar no governo, a oposição em Varginha continua nas sombras, mas colhendo informações e “plantando sementes de discórdia”. Na audiência pública ocorrida na Câmara onde foi analisada as contas do terceiro quadrimestre de 2024 do Executivo Municipal, um opositor do governo sussurrou: “em tempo de vacas gordas toda prestação de contas é aprovada porque todo pedido (bom ou mau) é atendido e ainda sobre recurso, aí é fácil”. O dono do comentário (venenoso) destacava a gestão do ex-prefeito Vérdi Melo, que segundo a oposição administrou com dinheiro em caixa e atendendo toda sorte de pedidos, o que garantiu apoio de sobra para aprovar todas as contas. Se os pedidos atendidos foram positivos ou negativos não se sabe, mas não faltaram gastos polêmicos e robustos. Enquanto o governo estiver forte, a oposição vai continuar assim, “rastejando pelas beiradas, fazendo sussurros comprometedores a fim de plantar discórdia, já que não pode bradar em plenário qualquer escândalo comprovado ou apresentar provas cabais das muitas ilações que rondam o governo passado”.
Ecoponto e a coleta seletiva
Foi proposto na Câmara Municipal pelo vereador Alexandre Prado a criação de ecopontos públicos móveis para ampliar as alternativas de descarte correto de resíduos sólidos no município, promovendo a sustentabilidade e a preservação ambiental. A criação de ecopontos móveis permitirá que a população tenha mais acessibilidade para destinar corretamente materiais como móveis velhos, eletrônicos, resíduos recicláveis e entulhos de pequeno porte, evitando descartes irregulares em vias públicas e áreas verdes. A ideia é boa, mas esconde um problema que precisa ser atacado primeiro: a deficiência da coleta seletiva em Varginha. Afinal, se a coleta seletiva estivesse funcionando com eficiência, os pontos de descarte de resíduos já existentes poderiam atender a população, mas este não é o caso! Atualmente não existem programas no município com incentivo a reciclagem e reaproveitamento de materiais, fortalecendo a economia circular. Neste ponto a parceria inexistente entre município e as empresas e instituições é fundamental para a conscientização da população. Mas além disso, também é necessário que a Coleta Seletiva seja melhorada e a Cooperativa de reciclagem tenha condições de ampliar sua atuação, quem sabe até gerenciando ecopontos pela cidade em parceria com empresas, instituições e o município. Fato é que sem a participação da iniciativa privada, dificilmente o Poder Público vai conseguir conscientizar a população e reduzir custos do caríssimo processo de limpeza urbana e recolhimento de resíduos sólidos.
Não existe almoço grátis
O Vereador Daniel Faria (Dandan) encaminhou ofício ao Executivo municipal solicitando a possibilidade de concessão de gratuidade no transporte público municipal (indistintamente a todos) os alunos que participam das atividades promovidas pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer — SEMEL. No ofício o vereador pergunta quais seriam os requisitos necessários para a implementação deste benefício? Pergunta ainda se é possível incluir tal projeto de gasto na previsão orçamentária para viabilizar tal medida no presente ou no próximo ano (eleitoral) de 2026? Por fim o vereador pergunta se existem convênios ou parcerias que possam auxiliar na concessão deste benefício? Parece que o vereador Dandan não conhece a realidade financeira do mundo, ou acostumou-se às benesses da vida de vereador onde existem carros oficiais confortáveis para levá-lo onde quer, diárias de viagem, plano de saúde e muitas outras benesses bancadas com recursos públicos! Ou seja, para que alguns poucos tenham um benefício, é preciso que milhares de outros paguem por isso, e muitas vezes não tenham o mesmo benefício que ajudam a pagar para estes poucos escolhidos!
Não existe almoço grátis – 02
No caso da proposta do vereador é claro que seria ótimo se, não apenas os jovens alunos que praticam atividade física nos cursos da Semel, mas sim todo contribuinte tivesse acesso a transporte público coletivo gratuito! Mas isso não é possível pois a conta não fecha e o transporte custa dinheiro (inclusive público), é muito caro! A Prefeitura de Varginha não pode sair retirando recursos da Educação, Saúde etc para atender apenas mais um grupo distinto, que precisaria ser bancado por todos! Além disso, vejamos o caso, vamos dar transporte público gratuito subsidiado aos alunos da Semel que vão praticar esportes como caminhar e correr? Vamos oferecer transporte público gratuito subsidiado a alunos que moram próximo das dezenas de quadras poliesportivas públicas para que vão até a Semel? Não seria melhor que a Semel desenvolvesse projetos esportivos em todas as estruturas públicas espalhadas pela cidade? Vamos aqui tentar responder a algumas das perguntas enviadas pelo vereador ao Executivo. Para que algumas centenas de alunos tenham gratuidade, milhares de trabalhadores e até mesmo outros alunos, terão que pagar mais pela passagem. Para que a Prefeitura de Varginha tire do nosso dinheiro de impostos (ainda mais em ano eleitoral de 2026, como sugere o vereador) o recurso para dar a empresa de transporte a gratuidade aos alunos, provavelmente serão tirados recursos de outras áreas prioritárias como saúde ou educação.
Não existe almoço grátis - 03
No último questionamento do vereador, questiona a possibilidade de “parcerias para viabilizar o projeto”. Quem sabe o vereador poderia fazer a “boa ação da gratuidade com o próprio bolso, doando seu salário para isso ao invés de querer fazer bonito com o bolso do pagador de impostos”. Quem sabe o vereador repassasse seu valor de emendas para a Semel para que complemente seu orçamento para pagar tal gratuidade e selecionasse tecnicamente quem dos alunos faz jus ou não ao benefício? Seria mais justo e eficiente tal procedimento! Mas não meus amigos, o intuito da proposta esbanjadora do vereador não é resolver o problema dos alunos que não tem condições de pagar transporte para praticar esporte na Semel (que são poucos). O propósito do edil é bem mais o populismo, semelhante aquele que conhecemos bem, que gosta de prometer bolsas, auxílios e subsídios públicos e até picanha! No final, o dinheiro sai todo do mesmo lugar, o seu, o meu, o nosso bolso! Que é o mesmo que sustenta a enorme conta de manutenção dos Poderes Públicos Executivo, Legislativo e Judiciário!
Excelente artigo. Deixarei aqui um comentário sobre a coleta seletiva, no meu bairro ocorre às quintas. É uma piada, ineficiente e pra dizer a verdade, inexistente, pois a gente separa direitinho plástico, metal, vidro, papelão para os coletores de lixo compacta tem no caminhão de coleta. Kkkkkkkkkk. Estou falando porque vi isso bem na frente da minha casa
Excelente artigo. Deixarei aqui um comentário sobre a coleta seletiva, no meu bairro ocorre às quintas. É uma piada, ineficiente e pra dizer a verdade, inexistente, pois a gente separa direitinho plástico, metal, vidro, papelão para os coletores de lixo compacta tem no caminhão de coleta. Kkkkkkkkkk. Estou falando porque vi isso bem na frente da minha casa